No período entre 15 de junho e 15 de setembro, fica proibido ter plantas de soja em crescimento no estado. A medida visa proteger as lavouras catarinenses da ferrugem asiática da soja e atende a uma demanda do setor produtivo. A Portaria nº 18/2017 foi assinada na última quinta-feira (27), pelo secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, em Abelardo Luz.
Para que seja respeitado o vazio sanitário, a portaria proíbe a semeadura de soja no período de 11 de fevereiro até 14 de setembro de cada ano em Santa Catarina. O secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, destaca que o vazio sanitário foi estabelecido após ampla discussão envolvendo a Secretaria da Agricultura, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e representantes do setor produtivo catarinense. “A medida traz mais segurança para os produtores catarinenses e protege as lavouras da ferrugem asiática, que pode comprometer todo cultivo”, ressalta.
Cada estado do país pode estabelecer o período mais adequado para o vazio sanitário da soja, de acordo com suas condições climáticas. O secretário adjunto da Agricultura, Airton Spies, explica que, no caso de Santa Catarina, o frio intenso que ocorre no inverno nas regiões produtoras de soja, normalmente, já elimina todas as plantas de soja vivas, que são queimadas pela geada. Se isso não ocorrer, é necessário o controle químico por meio de dessecação com herbicidas.
Segundo o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no período de vazio sanitário não deve haver soja em estado vegetativo para que o fungo, que causa a ferrugem asiática, e seus esporos não consigam sobreviver e contaminar o próximo plantio.
De acordo com a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Claudine Dinali Seixas, como hoje há resistência de fungicidas ao fungo causador da ferrugem asiática, “o vazio sanitário tem uma importância ainda maior”.
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Soja em Santa Catarina
Os produtores catarinenses colheram a maior safra de soja da história. A produção chegou a 2,4 milhões de toneladas, 13,4% a mais do que no último ano. A soja vem ganhando cada vez mais espaço nas lavouras catarinenses, principalmente as áreas que antes eram usadas para o plantio de milho. Na safra 2016/17, o grão ocupou 660,2 mil hectares no estado, a maior área plantada já registrada.
O aumento na produção é o resultado da combinação entre área plantada e produtividade, o rendimento médio das lavouras catarinenses chega a 3,6 toneladas por hectare – um aumento de 11,24% em relação à última safra.
A soja é ainda um grande produto na pauta de exportações de Santa Catarina. Em junho, de tudo o que o estado exportou, 11,4% era do complexo soja. No acumulado do ano, de janeiro a junho, o volume exportado foi 15% superior ao volume exportado no mesmo período de 2016, passando de 1,2 milhão de toneladas. Os principais destinos da soja catarinense são China, Rússia, Coreia do Sul e Tailândia.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br) com informações da assessoria de comunicação do Governo de SC