A Ponte Hercílio Luz recebeu um equipamento guindaste que será responsável pela montagem da sexta e última grua. As gruas são necessárias para levar peças grandes que estão sendo trocadas na ponte para dar continuidade à transferência de carga conforme o cronograma. A ferramenta foi entregue na tarde de quarta-feira (19).
O engenheiro fiscal da obra de restauração da Ponte Hercílio Luz, Wenceslau Diotallevy, explicou que o equipamento será utilizado somente na montagem dessa grua devido ao acesso ser por terra e próximo à praia.
“As demais gruas foram montadas com guindaste sobre as plataformas que flutuavam sobre o mar. Por isso, a empresa providenciou um guindaste, via terra, para poder fazer essa operação da montagem da torre da última grua”, disse.
“Hoje vamos preparar o equipamento para começar a operar na montagem da grua no dia seguinte. Acreditamos que em aproximadamente 15 dias a grua já esteja pronta para iniciar os serviços de montagem da estrutura superior de sustentação para fazer a transferência de carga de acordo com o programado”, completou Wenceslau.
No início do mês, também foram recebidas quatro peças de 13,3 toneladas cada e que permitem a ligação das barras de olhal com os blocos de ancoragem na ponte.
O equipamento
Um guindaste Grove gmk 6300L com capacidade máxima de 300 toneladas vai instalar peças de até 12 toneladas da torre seis da grua, a uma altura de 71 metros e em um raio de 26 metros.
A ponte
Em 2015, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, Diogo Ringenberg, protocolou junto à Corte de Contas, uma representação referente ao desperdício de recursos públicos ocorrido durante os mais de 30 anos em que a Ponte Hercílio Luz está interditada.
Segundo Ringenberg, nesse período foi gasto quase meio bilhão de reais em possíveis soluções. Também foram requeridas medidas cautelares para que o Estado notificasse os moradores que vivem nas imediações da ponte sobre o risco de desabamento e a formação de um plano emergencial de contingência que preveja procedimentos em caso de queda do monumento.
Em janeiro deste ano, o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) decidiu negar a cautelar que exigia a elaboração de plano de contingência para o enfrentamento de possível colapso na estrutura da Ponte Hercílio Luz. A decisão do TCE/SC levou em consideração esclarecimentos e documentos apresentados pela Secretaria de Estado da Defesa Civil.
O conselheiro, Adircélio de Moraes Ferreria Júnior, reconheceu que a Defesa Civil não elaborou um plano específico para a obra da ponte, mas valeu-se do Plano de Contingência do Município de Florianópolis, que tem o envolvimento de dirigentes e servidores de diversos órgãos municipais, estaduais, federais e da própria comunidade, além do acionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br) e informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado