No período de 1º de janeiro a 5 de julho de 2017 foram notificados 906 casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina. A SRAG são casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica que, na maioria dos casos, levam à hospitalização. Os casos podem ser causados por vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da influenza do tipo A e B; ou por bactérias, fungos e outros agentes. O boletim foi divulgado nessa quinta-feira (6) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).
Destes casos, 216 (23,8%) foram confirmados para Influenza, sendo 1 (0,5%) pelo vírus Influenza A (H1N1) pdm09, 193 (89,4%) pelo vírus A (H3N2) e três (1,4%) estão aguardando subtipagem para identificação do tipo de vírus influenza A e 19 (8,8%) pelo vírus influenza B.
Outros 502 (55,4%) casos de SRAG tiveram resultado negativo para influenza A e B (SRAG não especificada), 162 (17,9%) SRAG foram causados por outro vírus respiratório e apenas um (0,1%) SRAG por outros agentes. Ainda estão aguardando confirmação laboratorial 25 (2,8%).
Até a última quarta-feira (6), dos 906 casos notificados de SRAG, 104 evoluíram para óbito. Destes, 27 (26,0%) foram confirmados pelo vírus Influenza A (H3N2), 71 (68,3%) tiveram resultado negativo para os vírus influenza A e B, sendo classificados como SRAG não especificada, e 6 casos (5,8%) foram diagnosticados como SRAG por outros vírus respiratórios. Florianópolis apresentou um total de 21 mortes.
Os dados são da vigilância universal de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que monitora os casos hospitalizados e óbitos com o objetivo de identificar o comportamento do vírus influenza, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves de SRAG causados pelo vírus.
Os dados são coletados pelas Secretarias Municipais de Saúde por meio de formulários padronizados e inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação on-line: SINAN Influenza Web. As amostras laboratoriais são coletadas e encaminhadas para análise ao LACEN/SC. As informações apresentadas neste informe são referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas 01 a 27 de 2017, ou seja, casos com início de sintomas de 3/1/2017 a 08/07/2017.
Prevenção
O perfil de casos e óbitos de SRAG em 2017 até o momento indica a circulação maior do vírus influenza subtipo A(H3N2), acometendo idosos e adultos com comorbidades (doentes crônicos e obesos). Esses grupos possuem uma tendência maior a apresentarem complicações quando infectadas pelo vírus influenza, por isso a importância de procurarem um serviço de saúde mais próximo da residência aos primeiros sinais e sintomas de gripe, para o tratamento adequado.
Apesar de o vírus influenza intensificar-se no período de inverno, ele circula todos os meses do ano, portanto, devem ser reforçadas as medidas de prevenção, principalmente lavar as mãos com frequência e evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas. Também é necessário manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, limpos com álcool, e não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)