Tomate, banana branca, batata e leite contribuíram para o aumento do custo
Depois de quatro meses em queda, o custo da cesta básica apresentou alta de 2,03% no custo em Itajaí. O preço passou de R$343,76 em fevereiro para R$350,76 em março. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador com monitoramento da Uni Júnior, a partir de pesquisa feita em seis supermercados da cidade.
Os produtos que contribuíram para o aumento foram o tomate (46,98%); a banana branca (20,81%); a batata (12,14%) e o leite (6,02%). Apesar da elevação no preço total, produtos que compõem a cesta básica apresentaram queda em seu custo, entre eles estão: a manteiga (17,86%); o óleo de soja (11,46%); o feijão preto (9,14%); o café em pó (2,04%); o açúcar (1,49%); a carne (1,33%); a farinha de trigo (1,11%); o arroz (0,66%) e o pão francês (0,18%).
De acordo com os pesquisadores, a alta foi provocada principalmente por produtos in natura, que apresentaram variações significativas motivadas pela sazonalidade e pelas alterações climáticas. Além disso, a carne continua sendo o produto da cesta com maior peso sobre o custo total (36,91%), seguido do pão (14,10%), da banana (7,30%) e do feijão preto (6,85%).
O professor responsável pelo Projeto Cesta Básica Alimentar, Jairo Romeu Ferracioli, afirma que o grupo constatou, ainda, redução do número de marcas de variados produtos. "Isto mostra que a queda geral de preços contribui para o desestímulo dos produtores, que reduzem sua oferta para elevar os preços", opina.
No acumulado cesta segue em queda
Embora tenha registrado alta em março, em 2017 o custo da cesta básica segue em uma queda acumulada de 4,76%. Já em relação ao mesmo mês (março) de 2016, o preço acumula alta de 1,03%, abaixo do índice de inflação.
O poder de compra do trabalhador
Com o aumento do preço da cesta básica, o poder de compra do trabalhador assalariado em relação a alimentos básicos teve piora. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 36,69% em fevereiro para 37,43% em março. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 82 horas e 24 minutos de um total de 220 horas mensais.
› FONTE: Natália Uriarte Vieira/Coordenadoria de Marketing e Comunicação