Eles se separaram. Cada um seguiu o próprio caminho – muitas vezes tão bem sucedido quanto a banda de origem. Mas, ainda assim, por três anos os fãs nutriram a esperança de que uma reunião acontecesse, e o que parecia impensável agora tem data, hora e local marcados.
O ano era 2001, quando Fábio Della - vocalista e guitarrista - resolveu gravar algumas de suas composições no seu próprio estúdio, em Florianópolis. Seu primeiro aliado foi Henrique Monteiro, que veio para gravar as baterias. A eles se juntaram Hudson Cabala (guitarra), Paulo Sant&39; Anna (baixo) e César Moreno (teclados).
Formação que lançou, em 2003, o primeiro disco do grupo, autointitulado Aerocirco, um álbum de canções fortes, com melodias trabalhadas e arranjos cuidadosos que se tornaram o embrião do som aerocircense. E este período, que marcou a história da banda e deu início a uma trajetória com grandes momentos musicais, foi a deixa para que os músicos se reencontrem com os fãs no próximo sábado (09), a partir das 23h, no Célula Showcase, no Bairro de João Paulo, em Florianópolis.
O segundo trabalho, O Som das Paredes (2005), marcou mudanças no grupo. Com a saída do baixista Paulo Sant&39;Anna, César Moreno assume dupla função, fazendo também baixos eletrônicos no teclado ou tocando apenas baixo em algumas músicas. Já as novas composições mostraram uma banda escrevendo hits ainda mais certeiros, com uma melhor produção e um som ainda mais característico.
Durante a divulgação deste álbum, mais trocas de integrantes. Sem os teclados de César Moreno, Jason Judson assume o baixo. Em 2006, o grupo participa da criação do Clube da Luta, agremiação de bandas autorais de Florianópolis, que alavancou a movimentação artística local.
Antes do lançamento do terceiro disco, mais mudanças, chegando assim à formação que muitos consideram como a melhor que passou pelo Aerocirco: Maurício Peixoto assume a guitarra e Rafael Lange o contrabaixo, marcando as saídas de Hudson Cabala e Jason Judson.
Com esse time, o grupo lançou seu terceiro e mais comentado disco, Liquidificador (2007), e aumentou consideravelmente seu currículo, participando de importantes festivais, como as edições de 2008 e 2009 do Planeta Atlântida de Santa Catarina, o GAS Festival de 2007 e 2008 e Grito Rock, em Florianópolis em 2008 e Cuiabá em 2009.
O clipe da música “Ser Quem Sou”, carro chefe do terceiro álbum, também teve veiculação em rede nacional na MTV e Multishow, além de canais locais de vários estados brasileiros. Fora isso, o disco ainda teve boas resenhas em publicações nacionais como Folha de São Paulo, Dynamite e Rolling Stone.
Levando a fama de banda que não para, o Aerocirco gravou e lançou, em 2008, um disco ao vivo, registrando a catarse sonora de seus shows. O registro Aerocirco Ao Vivo na Célula mostrou a forte interação da banda com seu público e marcou para o grupo o início da distribuição virtual dos seus trabalhos.
A divulgação deste disco, somada ao trabalho feito com Liquidificador, levou o Aerocirco ao posto de banda mais comentada de Santa Catarina, com a repercussão do seu trabalho ecoando fora das fronteiras do estado e rendendo participações do grupo em programas como o Jornal da MTV e Cachorro Grande em Busca da Fama e no álbum tributo Beatles, ao lado de artista como Lobão, Pato Fu e Zé Ramalho.
Se 2008 foi dedicado à divulgação do trabalho ao vivo, 2009 começou com novos ares. Dois singles foram lançados durante o ano: Não Me Leve a Mal, com direito a um novo clipe, e Faz de Conta. Na esteira dos lançamentos, o Aerocirco continuou rodando boa parte do Brasil, em festivais como o Festival de Inverno de Brasília e o Fórmula Indie, em Belo Horizonte e participou do álbum tributo Beatles.
A participação no Planeta Atlântida de 2010 marcou a despedida da banda rumo a São Paulo. No meio da finalização de um novo disco, o grupo se mudou para a terra da garoa, em março daquele ano. Lá fizeram o lançamento do seu disco derradeiro, Invisivelmente (2010), e participaram ativamente da cena autoral da cidade, tocando com bandas como Sabonetes, Terceira Edição, Vivendo do Ócio, Volver, entre outras.
A vida na “cidade grande” proporcionou ao Aerocirco uma maior exposição de mídia, participando de programas como o Fala + Joga, da Play TV, Todo Seu, apresentado por Ronnie Von na TV Gazeta, Estúdio Showlivre, Estúdio Trama, entre outros. O show de lançamento de Invisivelmente feito na Célula ShowCase, em Florianópolis, virou especial de fim de ano da TV COM.
Apontado pela Revista Rolling Stone como “um veterano da cena independente brasileira” o Aerocirco encerrou suas atividades em meados de 2010. Agora, em 2013, após 3 anos de pausa e desencontros, o que parecia improvável vai acontecer: os músicos se juntaram para comemorar os 10 anos de lançamento do primeiro disco, num show que promete ser histórico, ao menos para os que fizeram parte dessa história.
SERVIÇO
Local: Célula Cultural Mané Paulo – Rodovia João Paulo, 75
Data: 09 de Novembro de 2013
Abertura da Célula: 23h
Ingressos antecipados a R$ 20,00
› FONTE: Atre Comunicação