Envolvidos em irregularidades em gestões anteriores do Presídio Regional de Blumenau foram detidos nesta segunda-feira, 5, na Operação Regalia, resultado de um trabalho em parceira entre Polícia Civil, Ministério Público e Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (SJC), por meio do Departamento de Administração Prisional (Deap). Os detidos são acusados de garantir que detentos tivessem acesso a benefícios, como escolha da área em que poderia trabalhar dentro do presídio, e ainda acesso a drogas e facilitação para fugas da unidade.
No total, são cerca de 70 pessoas indiciadas, sendo que já foram emitidos 40 mandados de prisão preventiva para agentes penitenciários, advogados, empresários, ex-detentos e familiares de detentos localizados em dez cidades catarinenses (Araquari, Barra Velha, Blumenau, Bombinhas, Camboriú, Gaspar, Indaial, Itapema, Navegantes e Pomerode). Essa foi a segunda etapa da operação, sendo a primeira realizada em 2015. A atual etapa teve início há cinco meses, concentrando as investigações sobre irregularidades ocorridas desde 2014.
Na primeira etapa, foram decretadas prisões temporárias e os acusados foram liberados durante a continuidade das investigações, sendo os agentes envolvidos transferidos para trabalho em outras unidades prisionais do Estado. Agora, foram decretadas prisões preventivas, incluindo de suspeitos acusados também na primeira fase. Os envolvidos respondem por acusações como corrupção passiva, corrupção ativa, facilitação de fuga, organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Dos indiciados, 15 são agentes penitenciários, sendo que 13 tiveram a prisão preventiva decretada. Onze foram detidos nesta segunda-feira e os outros dois ainda estavam foragidos até o final da tarde. Novas diligências continuam em operação.
Em coletiva para imprensa, o secretário adjunto da SJC, Leandro Lima, destacou a importância da parceria com outros órgãos no trabalho realizado. “Desde a primeira fase da operação, foram realizadas intervenções e melhorias no Presídio Regional de Blumenau. Mas é evidente que novas correções são necessárias e vamos fortalecer o trabalho da corregedoria para isso. E para aquilo que a corregedoria esbarrar no limite legal, nós vamos continuar procurando parcerias, como o Ministério Público, para garantir o enfrentamento a esta ameaça de corrupção”, explicou.
Também participaram da coletiva o diretor da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic), delegado Adriano Bini, e o promotor de Justiça do Ministério Público, Flávio Duarte, entre outras autoridades.
› FONTE: Assessoria de Imprensa Departamento de Administração Prisional - Deap