Conforme as suspeitas já levantadas, foi de fato a falta de combustível que causou a queda do avião que levava até Medellín a equipe da Chapecoense. Em uma coletiva de imprensa realizada na noite da última quarta-feira, as autoridades responsáveis da Aeronáutica da Colômbia puderam confirmar as condições que levaram ao trágico acidente.
“Já é possível concluir claramente que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto”, revelou o secretário Freddy Bonilla, representante da divisão de Segurança Aérea da Colômbia.
Apesar de ainda manter em curso as investigações, as autoridades já dão como certa a causa, e através dela explicam o fato do acidente ter deixado sobreviventes, algo raro quando se fala em uma queda de avião. Devido ao combustível ter acabado, não houve explosões no momento do contato com o solo, que ocorreu em baixa velocidade.
A Lamia, empresa do avião envolvido no acidente, admitiu que o piloto Miguel Quiroga deveria ter abastecido em Bogotá antes de chegar ao destino final da viagem, em Medellín. A aeronave possuía combustível para chegar concluir o trajeto, mas nenhuma quantidade excedente, algo previsto na legislação boliviana. Como o voo precisou ser prolongado perto do momento do pouso, a pane ocorreu.
Também foi revelado pelas autoridades que, assim como já indicavam informações não oficiais, o avião de fato estava em 9 mil pés de altitude no último contato feito com a torre de controle do aeroporto de Medellín, quando sua altura no momento deveria ser de 10 mil pés.
O áudio em que o piloto Miguel Quiroga contata a torre de controle foi divulgado, e nele o comandante do avião já relata estar passando por uma pane total, elétrica e de combustível, solicitando com urgência o pouso.
› FONTE: Gazeta Esportiva