A operação do GAECO em Joinville já prendeu sete preventivamente - um em São Paulo - e cumpriu 14 mandados de busca e apreensão. A ação teve dois alvos: desmantelar uma organização criminosa que cobrava vantagem indevida de comerciantes da cidade e prender agente público que cometia crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
O Grupo de Atuação Especial no Enfrentamento ao Crime Organizado (GAECO) deflagrou na manhã de terça-feira (8/11) a "Operação Blackmail" em Joinville, no Norte do Estado. A ação teve dois alvos: desmantelar uma organização criminosa que cobrava vantagens indevidas de comerciantes da cidade e prender agente público que praticava tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Ao todo foram presas preventivamente sete pessoas - seis em Joinville e um em São Paulo - e cumpridos 14 mandados de busca e apreensão - três em São Paulo e 11 em Joinville.
A investigação apura a existência de uma organização criminosa que cobrava vantagem indevida de empresários relacionada a atividades fiscalizatórias da Secretaria do Meio Ambiente de Joinville (SEMA), ou obrigava a contratação de pretensos serviços administrativos prestados por componentes do grupo criminoso. Os comerciantes eram obrigados a procurar tal serviço sob pena de responderem penalidades administrativas.
Nos próximos dias serão notificados comerciantes que em tese foram alvos da organização criminosa, a fim de serem ouvidos pelo Ministério Público de Santa Catarina.
Outra vertente
Durante a investigação surgiram informações sobre o possível tráfico de influência e lavagem de dinheiro cometidos por um outro agente público da cidade. A pretexto de influenciar em atos praticados por funcionários públicos do município, para atendimento a empresários também investigados, o agente público solicitou e recebeu vantagens financeiras indevidas de um dos empresários, que com ele orquestrava a fraude.
Origem
A investigação iniciou com uma denúncia à 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, com atuação na defesa da moralidade administrativa, e ocorre em procedimento investigativo criminal próprio. A continuidade dos trabalhos demandará perícia de equipamentos eletrônicos apreendidos, como celulares e computadores, oitiva de testemunhas, informantes e investigados, dentre outras diligências.
Participaram da operação integrantes dos grupos regionais do GAECO de Joinville, Criciúma, Itajaí, Blumenau, Lajes, Chapecó e Capital, além de outros policiais de Joinville.
O GAECO é uma força-tarefa composta por Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Fazenda Estadual e Polícia Rodoviária Federal.
O que é "blackmail"
Nome da operação, "blackmail", é uma expressão inglesa que, traduzida ao português, significa chantagem, procedimento comum aos principais investigados, a partir de achaque a pessoas para obtenção de ilícitos favores em razão da função pública.
› FONTE: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC