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Em Santa Catarina, a alimentação inadequada contribui para o aumento de doenças crônicas não transmissíveis

Publicado em 04/11/2016 Editoria: Saúde Comente!


O consumo de cinco porções diárias de frutas e hortaliças é a recomendação da Organização Mundial de Saúde para a proteção da saúde. Apenas 37,3% dos brasileiros mantêm tal hábito. Em Santa Catarina, o índice é ainda menor: somente 27,5% admitem ingerir essa quantidade todos os dias. Em relação ao consumo recomendado de feijão, Santa Catarina está bem abaixo da média nacional. Enquanto 71,9% dos brasileiros comem feijão cinco dias por semana, no mínimo, essa é uma realidade entre 45,5% dos catarinenses. Esses dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, realizada em 2013, que revela também o alto índice de consumo de carne ou frango com excesso de gordura (40,4%) e de sal (19,8%) em Santa Catarina.

O consumo excessivo de sódio e de gorduras saturadas aumenta o risco de doenças do coração, enquanto o consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de cárie dental, de obesidade e de várias outras doenças crônicas. Além disso, óleos e gorduras têm seis vezes mais calorias por grama do que grãos cozidos e 20 vezes mais do que legumes e verduras após cozimento. O açúcar tem cinco a 10 vezes mais calorias por grama do que a maioria das frutas.

Os índices apontados pela Pesquisa do Ministério da Saúde associados aos dados de óbitos e internações por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Estado, motivaram o lançamento do movimento de Promoção da Saúde secuidaSC pela Secretaria de Estado da Saúde. Em 73,5% dos 39.242 óbitos notificados no estado no ano passado, as causas básicas eram as DCNT, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). As mais prevalentes no estado têm sido doenças cardiovasculares (27,2%), câncer (21%), doenças respiratórias crônicas (6,9%) e diabetes (4,5%).

“A alimentação saudável é um importante fator de proteção. Quando adequada, reduz o risco de diversas doenças, inclusive alguns tipos de câncer, como o de mama”, frisa Gladis Helena da Silva, gerente de Vigilância de Agravos da Vigilância Epidemiológica. Estima-se que, por meio da alimentação, nutrição e atividade física, é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer.

Os alimentos de origem vegetal costumam ser boas fontes de fibras e de vários nutrientes.  O consumo regular de fibras é importante para o bom funcionamento intestinal, prevenindo a ocorrência de câncer nessa região, além de contribuir para a redução do colesterol, o controle da glicemia e a sensação de saciedade. O feijão é fonte de proteínas, de ferro, de potássio, de vitaminas do complexo B e de substâncias antioxidantes que diminuem os riscos de câncer e de doenças degenerativas. O consumo regular de feijão evita, também, o risco de anemia, de doenças cardiovasculares, de diabetes e de obesidade.

Dicas de saúde:

Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados a alimentos ultraprocessados:

- Opte por água, leite e frutas no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados;

- Não troque comida feita na hora por produtos que dispensam preparação culinária;

- Prefira caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados de legumes e verduras, farofas, tortas;

- Evite sopas “de pacote”, macarrão “instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer, sanduíches, frios e embutidos, maioneses e molhos industrializados, mistura pronta para tortas;

- Prefira sobremesas caseiras, dispensando as industrializadas;

- Consuma até 5g de sal ou 2.000g de sódio por dia.

Movimento secuidaSC

Iniciadas no dia 15 outubro, com a realização de um evento no Parque de Coqueiros, as ações do movimento secuidaSC têm novo evento no dia 26 de novembro, quando uma nova programação será realizada no mesmo local, das 9h às 13h, com bate-papos, aulões de ginástica, atividades recreativas e diversas outras atrações.

O compartilhamento de mensagens pelas redes sociais, alusivas à importância da alimentação saudável e da prática de atividades físicas, assim como da redução do consumo de álcool e da cessação do tabagismo, também fazem parte do movimento. No site www.secuidasc.sc.gov.br estão disponíveis os dados epidemiológicos, o resultado da Pesquisa Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, o Guia Alimentar para a População Brasileira e diversas dicas de promoção da saúde.

› FONTE: Assessoria de Comunicação Secretaria de Estado da Saúde

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