O projeto do Sindicato Rural de São José tem convênio com a Prefeitura
No início deste mês, no bairro Colônia Santana, nasceu o primeiro bezerro do projeto de inseminação artificial de São José. A iniciativa do Sindicato Rural do município tem convênio com a Prefeitura Municipal e realiza inseminações artificiais gratuitamente em bovinos desde janeiro deste ano.
Três dias depois do nascimento, Mimoso, como foi batizado, já demonstrava disposição para correr pelo pasto. A proprietária dos animais confessou que ainda é cedo e que nos primeiros dias ele deve ficar dentro da cocheira com a mãe, a vaca Mimosa.
Segundo o secretário do Sindicato Rural de São José, Jonathan Motta Salgado, o município de São José é caracterizado por pequenas propriedades com gados, o que torna difícil criar um touro, além do custo alto. "Criamos o projeto para suprir a necessidade de criação de bovinos e melhorar o rebanho para leite e carne", explica Jonathan.
Desde janeiro, o projeto inseminação artificial em bovinos de São José já realizou 150 procedimentos e conta com aproximadamente 40 proprietários cadastrados e mais de 300 vacas preparadas para fazer o procedimento. O secretário do Sindicato avalia positivamente as primeiras experiências. "O maior benefício é o aumento da população bovina, que posteriormente é comercializada pelo produtor, gerando impostos e movimentando a economia do município", ressalta.
Para cadastrar o bovino no projeto, a residência do proprietário precisa ser localizada em São José; é obrigatório que o animal esteja brincado e cadastrado na Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).
O técnico em reprodução animal Oscar Nazareno Souza, responsável pela inseminação artificial e pelo parto dos animais, afirma que o procedimento é rápido e seguro. "A inseminação dura em torno de cinco minutos, não podemos demorar mais de 10 minutos devido à sobrevivência do sêmen, que passa por um descongelamento", assinala.
Oscar salienta ainda que durante todo o processo são usados materiais que garantem a segurança tanto do profissional, quanto do animal. "São 186 milhões de espermatozóides aplicados em uma inseminação artificial, quantidade autorizada pelo Ministério da Agricultura. Vinte e um dias depois da inseminação eu volto e faço um acompanhamento durante os nove meses até o dia do parto", complementa o técnico.
Entre as raças preferidas estão a Jersey, para leite; e a Nerole, para corte. O projeto atende a população gratuitamente e os donos dos bovinos podem escolher o sêmen que será inseminado no animal.
› FONTE: Secretaria de Comunicação Social Prefeitura de São José