O fenômeno climático, denominado meteotsunami, que atingiu o Sul do estado na tarde de domingo, deixou muitos danos no sistema elétrico entre Tubarão, Criciúma e Garopaba. No auge do temporal, 140 mil unidades consumidoras ficaram sem luz. Seis subestações da Celesc foram atingidas, além dos danos causados em postes e condutores.
Em Criciúma e cidades do Extremo-Sul, a situação do atendimento estava praticamente normalizada até o final da manhã. Entre as localidades que permanecem sem energia, estão as regiões de Orleans, Imbituba e Tubarão. Não há previsão para o restabelecimento total.
Em Orleans, um defeito na linha de transmissão da Celesc que interliga as subestações de Jorge Lacerda a Bom Jardim da Serra compromete o abastecimento elétrico à subestação de Orleans, atingindo sete mil unidades consumidoras.
Na região de Imbituba, Laguna, Garopaba, Pescaria Brava e Imaruí, há mais de 50 mil consumidores sem luz, por conta de um defeito na linha de transmissão da Eletrosul, que interliga as subestações de Jorge Lacerda a Palhoça. A Celesc e a Eletrosul trabalham em conjunto para recompor o sistema.
Na região de Tubarão, cerca de 80% da rede elétrica de média tensão foi atingida, deixando fora de operação 10 dos 14 alimentadores principais por conta dos inúmeros danos no sistema. Ali, estavam sem energia 35 mil unidades consumidoras. A Celesc tem mais de cem profissionais envolvidos na recomposição da rede e estima que o sistema seja recuperado de forma gradativa ao longo do dia.
Fenômeno
Segundo a Defesa Civil, o fenômeno que provocou a onda gigante em Balneário Rincão foi um tsunami meteorológico, ou meteotsunami. Esses fenômenos são raros, mas perigosos e geralmente ocorrem durante a passagem de linhas de instabilidade atmosféricas intensas.
Apesar dos ventos intensos serem comuns durante as passagens de linhas de instabilidade, não é o vento que provoca o tsunami meteorológico, mas a combinação de fatores como a perturbação da pressão atmosférica sobre o mar, a velocidade e a direção de deslocamento da tempestade em relação à linha de costa e a batimetria local, que podem gerar ressonância e amplificação da onda.
Em Santa Catarina, houve registro semelhante nas praias do Pântano do Sul e da Armação, em 19 de novembro de 2009. Outros dois eventos similares aconteceram na praia do Cassino, no Rio Grande do Sul, em 1977 e em 2014.
› FONTE: Assessoria de Imprensa Celesc