Nova avaliação da produção industrial indica retração de julho para agosto, de 2015 para 2016 e do início do ano pra cá. Os Indicadores da Produção Industrial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira, 4 de outubro, apontam que a perda foi de 3,8%, em relação ao mês anterior; de 5,2% em comparação com agosto de 2015; e de 8,2 de janeiro até o oitavo mês do ano.
Mesmo com o resultado negativo, segundo o IBGE, houve pequena redução na magnitude da queda nos oitos primeiros meses do ano, frente ao resultado do primeiro semestre do ano do ano passado, em que foi registrada retração de 9,1%. Além disso, os dados indicam que o recente registro de redução interrompe cinco meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação, período em que acumulou expansão de 3,7%.
Em contrapartida, em agosto deste ano o setor industrial voltou a mostrar um quadro de menor ritmo produtivo, com perfil disseminado de taxas negativas, já que três das quatro grandes categorias econômicas e 21 das 24 atividades apontaram redução na produção. Com o resultado, o total da indústria encontra-se 21,3% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013.
Entre as grandes categorias econômicas, na comparação com o mês imediatamente anterior, os bens de consumo duráveis foram -9,3% menores e bens intermediários foram -4,3% inferiores. Dentre as atividades que contribuíram para a redução da atividade estão: produtos alimentícios, com -8,0%; veículos automotores, reboques e carrocerias, como -10,4%; indústrias extrativas, com -1,8%; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com -1,9%; perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal, com -2,8%; produtos de minerais não-metálicos, com -5,1%; e confecção de artigos do vestuário e acessórios, com redução de -6,9%.
Referencial
Na comparação com agosto de 2015, resultados negativos foram obtidos em três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 26 ramos. Entre as atividades, indústrias extrativas foi de menos 11,7% e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis reduziram 12,5%, e exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; e óleos combustíveis, óleo diesel, álcool etílico e naftas para petroquímica, na última.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias, com -9,0%; produtos alimentícios, com -2,9%; produtos de minerais não-metálicos, com -11,0%; produtos do fumo, com -45,2%; máquinas e equipamentos, com -6,3%; outros equipamentos de transporte, com -14,0%; e confecção de artigos do vestuário e acessórios, com -7,3%.
Acumulado
No índice acumulado para o período janeiro-agosto, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 8,2%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 72,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção. Entre as atividades, indústrias extrativas, que recuou 13,1%, e veículos automotores, reboques e carrocerias reduziu 18,8%, e exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; e automóveis, caminhões e autopeças, na segunda.
› FONTE: Agência CNM