A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), informa que foi confirmado um caso de raiva canina no município de Jaborá, na região Meio-Oeste do Estado. Os últimos casos de raiva animal – dois cães e um gato – foram registrados em 2006 nos municípios de Xanxerê e Itajaí.
O animal foi encontrado em um terreno baldio na área central do município, no dia 30 de agosto. Ele apresentava sintomas neurológicos para raiva, como tremor, olhar fixo, mandíbula rígida, salivação intensa e paralisia de membros inferiores. No dia 19 de setembro foi confirmado o diagnóstico laboratorial de raiva por meio de exame de imunofluorescência direta.
>> O alerta epidemiológico da Dive
Uma equipe da Dive, em conjunto com a 7ª Gerência Regional de Saúde de Joaçaba e a Secretaria Municipal de Saúde de Jaborá, está desenvolvendo ações, conforme o protocolo do Ministério da Saúde, considerando que Santa Catarina é área controlada para raiva animal no ciclo urbano.
A responsável pela divisão de vigilância de canídeos e felídeos da Dive, Ivânia da Costa Folster, da Gerência de Vigilância de Zoonoses, está coordenando os trabalhos na região. “É importante que qualquer pessoa que tenha tido contato ou conhecimento de que outros animais tiveram contato com o cão doente procure imediatamente um serviço de saúde”, afirma Ivânia.
O Governo do Estado já disponibilizou ao município 1,5 mil doses de vacina antirrábica para cães e gatos. A vacinação, gratuita, no esquema de duas doses com intervalo de 30 dias, está sendo realizada de casa em casa e feita por equipes de saúde. A vacina pode ser aplicada em animais com idade superior a três meses.
"Além disso, se a pessoa for agredida por um cão ou qualquer outro animal é muito importante que procure um serviço de saúde mesmo se o ferimento não for grave, pois pode haver a necessidade de tomar a vacina contra a raiva", afirma Suzana Zeccer, gerente de Zoonoses da Dive.
Sobre a doença
A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem, quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. A raiva não tem cura estabelecida (há apenas três casos de cura conhecidos no mundo, um deles no Brasil) e a única forma de prevenção é por meio da vacina.
› FONTE: Diretoria de Vigilância Epidemiológica Secretaria de Estado da Saúde