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Fortur repudia demolições no norte da Ilha e defende conciliação

Publicado em 16/09/2016 Editoria: Florianópolis Comente!


Entidades do setor do turismo defendem a recuperação do valor da orla como capital natural estratégico

O Fortur, fórum que reúne as treze maiores entidades do setor turístico da Grande Florianópolis, repudia a maneira como os processos de demolição dos empreendimentos na orla da região vêm sendo conduzidos. As ações que estão sendo registradas na Capital desde a última terça-feira, 13, contrariam os ideais da entidade, que aposta na integração sadia entre o homem e a natureza.

"Não podemos encarar com normalidade o que aconteceu nos Ingleses. É inadmissível que situações como essa tenham deixado de lado a cultura da região e a fonte de renda de dezenas de pessoas. Queremos que as decisões conciliem a preservação ambiental, a cultura e a prosperidade econômica na orla", comenta o presidente do Fortur, Mané Ferrari.

A atividade turística representa 13% do PIB de Santa Catarina. Nenhum outro Estado consegue esse índice. "Vamos permitir que decisões drásticas definam o futuro da nossa economia?", questiona o presidente da Abav/SC, Eduardo Loch.

Para o presidente da Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina, Estanislau Bresolin, é preciso haver conciliação para fortalecer a articulação de diferentes atores do setor público e privado na gestão integrada da orla. "A maneira como as ações vêm sendo conduzidas está gerando pânico na cadeia turística catarinense. O Ministério Público Federal está desrespeitando violentamente o valor a orla de Florianópolis como capital natural estratégico. Precisamos que os governantes se tornem protagonistas dessas ações, tomando posição e lutando por uma legislação em que os estados e municípios tenham autonomia para decidir sobre o futuro da orla de acordo com a sua realidade local", afirma Bresolin.

Em 2015, a Prefeitura Municipal de Florianópolis desenvolveu com apoio técnico e financeiro do Banco Internacional de Desenvolvimento - BID, Fundo Socioambiental Caixa e Instituto Brasileiro de Administração Municipal - IBAM, o Plano de Ação Florianópolis Sustentável.  A diretriz 4 do Plano reforça a importância de recuperar o valor da orla como capital natural estratégico, aperfeiçoando as normas sobre o ordenamento de uso e ocupação desse espaço. Com isso, valorizam-se as ações inovadoras de gestão voltadas ao uso sustentável dos recursos naturais e da ocupação dos espaços litorâneos.

Ações do Fortur

Entre as ações já em andamento do Fórum, destaque para a petição entregue no TRF4, em Porto Alegre, em que as entidades relatam a situação de instabilidade vivida por empresários e moradores de Santa Catarina com ações judiciais que tendem a causar danos irreparáveis no Estado.

Além disso, nesta quarta-feira, 14, o Fortur lança uma ação coordenada nas redes sociais. O Ligados por Floripa é um movimento em defesa da permanência de todos os postos de praia, restaurantes, bares, hotéis, pousadas, similares ou beach clubs que já existam em Florianópolis em condições de legalidade e sustentabilidade. A iniciativa também defende as estruturas que devam receber dos órgãos e competências públicas o direito a tornarem-se legais e sustentáveis, respeitando e valorizando o meio ambiente, preservando a identidade, a cultura e a personalidade da cidade.

› FONTE: Fábrica de Comunicação

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