Foto: Divulgação / Canoagem Brasileira
A Canoagem Brasileira continua fazendo história no Rio 2016. Depois das medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos foi a vez dos canoístas brasileiros mostrarem força também nos Jogos Paralímpicos. Com participação em duas das seis finais da modalidade, o Brasil conquistou nesta quinta-feira a sonhada medalha paralímpica logo na estreia da Paracanoagem no programa paralímpico.
Caio Ribeiro foi o brasileiro que brilhou hoje na Lagoa Rodrigo de Freitas conquistando a medalha de bronze na final do KL3 Masculino. Luis Carlos Cardoso, remando a final do KL1 Masculino, ficou na quarta colocação.
“Quero agradecer todo mundo que veio aqui hoje com essa força, essa energia, realmente foi o incentivo que eu precisava. Os Jogos Paralímpicos foi um evento fantástico e a organização está de parabéns. O Brasil é um país maravilhoso e aqui foi nossa chance de representar o país”, afirmou.
Na final do KL3 Masculino, última prova da Paracanoagem do Rio 2016, Caio largou muito bem e liderava até os últimos 50 metros, momento em que foi ultrapassado por dois adversários conquistando o bronze com o tempo de 40.199. Caio garantiu a medalha e levantou a torcida presente nas arquibancadas com seu resultado. O ouro ficou com o ucraniano Serhii Yemelianov (39.810) e a prata com o alemão Tom Kierey (39.909).
Luis Carlos perto da medalha
O canoísta Luis Carlos Cardoso esteve muito perto de conquistar a sonhada medalha paralímpica no Rio 2016. Após uma boa largada na final do KL1 Masculino o brasileiro também viu os adversários lhe ultrapassarem nos últimos metros e ficou muito perto de subir no pódio.
Luis terminou a final na 4a colocação com o tempo de 51.631, em prova que o ouro ficou com o polonês Jakub Tokarz (51.084), a prata com o húngaro Robert Suba (51.129) e o bronze com o britânico Ian Marsden (51.220).
“Mérito aos medalhistas. Infelizmente não veio (medalha), mas isso não vai me desmotivar. Agora vou treinar ainda mais nesse novo ciclo e quem sabe conquistar um pódio em 2020”, planejou Luis logo após a prova.
De acordo com o chefe de equipe e supervisor da modalidade na Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), Leonardo Maiola, a participação do Brasil em duas das seis finais disputadas na Paracanoagem mostra a força do Brasil na modalidade e os resultados podem ser incentivo para a descoberta de muitos novos atletas.
“Acredito que a medalha do Caio irá servir de motivação para muitos deficientes físicos que podem encontrar no esporte uma nova forma de vida, assim como aconteceu com ele e os demais atletas brasileiros. Contudo, não é apenas ele que serve de referência, são todos que estiveram aqui competindo e que possuem suas próprias histórias. Quero parabenizar toda a equipe pela conquista. Espero que esse tipo de exemplo se perpetue pelo país e que possamos encontrar muitos outros atletas com potencial para os próximos ciclos paralímpicos”, explicou Maiola.
Para o presidente da CBCa, João Tomasini Schwertner, os resultados conquistados pela Canoagem Brasileira nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 não é uma surpresa, mas sim consequência do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos.
“Estamos num novo patamar em virtude do trabalho de toda a confederação nesses anos. Contudo, é importante deixar claro que sem o apoio de nossos patrocinadores, dos comitês nacionais e do Ministério do Esporte não conseguiríamos ter o sucesso atingido em nosso planejamento. São parceiros fundamentais para o desenvolvimento do esporte e certamente sem eles não teríamos conseguido essas vitórias”, ressaltou.
Os resultados inéditos no Rio 2016 premiam o trabalho de desenvolvimento da Canoagem Brasileira, que nos últimos anos contou com apoio significativo do BNDES – patrocinador oficial, GE, Ministério do Esporte, Itaipu Binacional, Comitê Paralímpico Brasileiro e Comitê Olímpico do Brasil.
› FONTE: Confederação Brasileira de Canoagem
