A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira nova etapa da operação Acrônimo para investigar suspeita de pagamento de propina por uma empreiteira que buscava financiamento do BNDES para projetos no exterior e também uma suposta organização criminosa que fraudava licitações no Ministério da Saúde.
A 8ª fase da operação, que se refere a dois inquéritos policiais separados, visa cumprir 11 mandados de condução coercitiva e 9 de busca e apreensão nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal, informou a PF em comunicado.
Na investigação que diz respeito ao BNDES, a PF investiga a interposição de uma empresa na negociação e pagamento de vantagens indevidas a agente público para obtenção de financiamentos de projetos em países como República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México no interesse de uma grande empreiteira, de acordo com a polícia.
A operação Acrônimo foi deflagrada inicialmente em maio de 2015 para investigar suspeita de desvio de recursos públicos para a campanha de 2014 do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
O governador mineiro foi denunciado em maio pela PGR por suspeita de conceder benefícios tributários em troca de propina quando era ministro. De acordo com a PGR, Pimentel foi denunciado "por solicitar e receber vantagens indevidas para gerar benefício tributário à empresa Caoa Montadora de Veículos", recebendo pouco mais de 2 milhões de reais de forma ilegal.
A PF realizou também nesta semana a 7ª fase da operação Acrônimo, quando cumpriu mandado de condução coercitiva contra o empresário Felipe Torres, sobrinho e sócio de Pimentel em um restaurante.
› FONTE: Reuters