A atualização da estimativa do PIB catarinense indica uma queda de 5,2% entre julho de 2015 e julho de 2016. No período, os serviços encolheram 6,2%; a indústria, 3,5%; e a agropecuária, 3,1%. Os dados constam na última edição do Boletim Indicadores Econômico-Fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda. A publicação confirma que a crise chegou mais tarde em Santa Catarina, mas veio com bastante intensidade.
No Brasil, na mesma comparação, a queda é ainda maior: de 5,6%, segundo dados do Banco Central (IBC-Br)."Por isso, precisamos tomar medidas para segurar ao máximo as despesas, já que a arrecadação está em queda livre", destaca o secretário Antonio Gavazzoni.
Os indicadores de produção da indústria catarinense na passagem de junho para julho colocam Santa Catarina como a segunda maior queda entre 14 estados pesquisados. O comércio catarinense vem também perdendo posições nos últimos meses com uma retração maior que a da média nacional, de 10,1%. O decréscimo na produção e nas vendas tem refletido fortemente na arrecadação de ICMS.
Menor desemprego, mas com menos vagas
O economista Paulo Zoldan, consultor da Diretoria de Planejamento Orçamentário da Fazenda, chama a atenção para a elevação na taxa de desemprego em Santa Catarina. O índice do segundo trimestre em comparação com os três primeiros meses do ano cresceu mais do que a média nacional. Ainda assim, seguimos com a menor taxa do País. “Com o desemprego em alta, a renda caindo, o crédito mais restrito, seguramente o consumo da famílias seguirá retraído por mais algum tempo”, afirma Zoldan, responsável pelo Boletim Indicadores Econômico-Fiscais SEF.
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› FONTE: Assessoria de Comunicação Secretaria de Estado da Fazenda