Foto: Divulgação / Ministério da Saúde
Centros de saúde têm grupos de apoio e distribuem medicamentos para quem precisa largar o cigarro
O Dia Nacional do Combate ao Fumo é sempre uma boa oportunidade de lembrar que os centros de saúde de Florianópolis oferecem tratamento completo e intensivo a quem deseja parar de fumar. Neste ano, são comemorados dez anos de ações realizadas nessa área, na Capital. O objetivo do programa é reduzir o percentual de fumantes (e de doenças) através da implantação sistemática das políticas de controle do tabaco e tabagismo.
Em Florianópolis, em 2006, a prevalência de tabagismo em adultos maiores de 18 anos era 18,7 %. Em 2014, o indicador reduziu para 12,1%, segundo dados do Ministério da Saúde. No ano passado foram atendidas nos grupos de tratamento de fumantes 1.136 pessoas.
As atividades realizadas nas unidades de saúde da rede municipal têm como objetivo oferecer ajuda a quem quer parar de fumar através de atividade coletiva de grupos de tratamento de fumantes com abordagem cognitivo-comportamental associada ao tratamento farmacológico, quando necessário.
O tratamento do fumante é oferecido em 86% dos centros de saúde, um total de 42 unidades. O atendimento também é oferecido no Caps Ad Continente e na Policlínica Sul. O município também repassa insumos do tratamento do tabagismo para os atendimentos realizados no Hospital Universitário – UFSC e Hospital de Custódia / Penitenciária Agronômica – Florianópolis.
Tratamento
O tratamento consiste em uma entrevista individual, em que são avaliados o grau de motivação e o nível de dependência física (teste de Fagerstrom). A partir desta análise é indicado ou não o apoio medicamentoso para ajudar no processo e aliviar os sintomas da síndrome de abstinência.
Depois da avaliação, o fumante é orientado a participar de quatro sessões estruturadas de abordagem cognitivo-comportamental em grupo. Nesses encontros, ele é estimulado e apoiado a marcar uma data para deixar de fumar. Depois desse primeiro mês de tratamento, inicia-se o grupo de manutenção da abstinência e prevenção da recaída.
Confira aqui a lista de centros de saúde que oferecem tratamento antitabagismo.
Histórico
Em Florianópolis, em 2009, entrou em vigor a Lei Municipal Antifumo, que proíbe fumar em locais fechados de uso coletivo – anterior à lei federal. “Essas proibições ajudam a combater o fumo passivo, que prejudica a saúde de não-fumantes que convivem com pessoas que têm o hábito de fumar”, explica Marise Nolasco Pereira, coordenadora do Programa de Controle de Tabagismo de Florianópolis.
Inalar a fumaça de derivados do tabaco pode provocar, entre outras consequências:
- maior risco de desenvolver câncer de pulmão;
- aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias;
- redução da capacidade funcional respiratória;
- aumento do risco de ter problemas cardíacos.
Além disso, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo.
› FONTE: Comunicação / PMF
