O percentual de prefeitos que deseja tentar um segundo mandato nunca foi tão baixo desde 2000, quando começou a vigorar a possibilidade de reeleição. É o que revela estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Inicialmente, 68,79% dos candidatos em potencial ao cargo de prefeito estariam dispostos a permanecer na gestão do Município, percentual que caiu para 54,52%, após publicação das candidaturas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A pesquisa é uma atualização da que havia sido publicada em julho deste ano. Naquela época, a entidade já sinalizava a queda na intenção dos prefeitos em concorrer a um segundo mandato. Em 2000, 62% dos candidatos elegíveis tinham interesse em continuar no cargo. Quatro anos mais tarde, esse percentual subiu para 63,3%, chegando ao seu ápice no pleito de 2008.
Desde então, os dados revelam uma diminuição acentuada no interesse dos gestores municipais em se reeleger. No ano de 2012, o percentual alcançou a marca dos 73,3%. Este ano, as desistências estão ainda mais evidentes. Apenas 54,52% dos gestores pretende participar novamente do pleito. Como explica a CNM, um dos principais motivos são as dificuldades vivenciadas na administração municipal, como a queda dos repasses e o subfinanciamento dos programas federais.
O novo levantamento traz ainda um comparativo por Estado, do número de prefeitos que manifestaram interesse em concorrer ao segundo mandato com os que efetivamente irão fazê-lo. Em números absolutos, Minas Gerais lidera o ranking das abstenções. Do total de 658 prefeitos em primeiro mandato, 307 já descartaram a possibilidade de permanecer no cargo. Em São Paulo, há 472 gestores municipais assumindo a prefeitura pela primeira vez, mas 222 não querem estender o mandato. O Rio Grande do Sul fica em terceiro lugar, com 153 desistências em um universo de 334 novos prefeitos.
Uma análise dos dados preliminares e das candidaturas publicadas pelo TSE revela que as desistências são mais marcante no Estado do Alagoas. Mais de 32% dos gestores alagoanos que tinham a intenção de concorrer acabaram abandonando o pleito. O fenômeno foi igualmente significativo em Roraima (30%) e Pernambuco (29%). Em contrapartida, o Maranhão é o Estado com o menor número de desistências (2,5%).
Alerta
A Confederação lembra que o estudo está pautado nos dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral no último dia 23 de agosto. Apesar da afirmação dos gestores em concorrer ao pleito deste ano, o órgão ainda precisa homolgar as candidaturas, o que pode reduzir ainda mais o percentual de gestores que irá efetivamente assumir o segundo mandato.
› FONTE: Agência CNM