A Secretaria de Estado da Fazenda registrou 43 mil notas fiscais eletrônicas emitidas por cerca de 1.000 produtores rurais desde o início do projeto piloto da NFP-e, em 23 de agosto do ano passado. Em valores, são R$ 170 milhões. O sistema, lançado oficialmente em janeiro deste ano, facilita a vida do homem do campo, dispensando sua ida à Prefeitura para fazer a emissão das notas.
“Temos potencial para multiplicar várias vezes esse número de usuários. Por isso, precisamos do apoio de sindicatos rurais e prefeituras para levar o aplicativo ao conhecimento do empreendedor rural. Ele só precisa de um computador e acesso à internet para emitir a nota fiscal em casa ou na própria empresa”, afirma o secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni.
Para difundir a NFP-e, o auditor fiscal Ari Pritsch ministrou 16 treinamentos no último ano, capacitando 300 servidores municipais e 250 gestores de sindicatos rurais. “O nosso objetivo é formar multiplicadores. A disseminação depende muito das empresas com as quais os produtores têm negócios e de campanhas de incentivo por parte das prefeituras”, destaca Pritsch. Hoje, há produtores de 115 municípios utilizando o sistema.
A administração municipal também é beneficiada com o aplicativo. Além de desafogar os serviços, a NFP-e traz economia de papel, com a dispensa dos formulários de NF. O campeão em emissão de notas é Corupá, na região Norte. “Por ano, a economia deve ser de R$ 15 mil por ano. Além disso, a nota eletrônica desafogou nosso atendimento na Prefeitura”, afirma Daniel Muller, coordenador de serviços da Prefeitura de Corupá.
Segundo o servidor municipal, dos 675 produtores ativos do município, 650 já fizeram cadastro para utilizar a nota eletrônica. “No início eles tiveram receio de mudar, mas agora quando pergunto se alguém quer voltar para o bloco, a resposta é unânime: não quero nem ver pela frente”, conta Muller. A Prefeitura fez vários treinamentos com produtores e compradores para convencê-los a aderir à nota eletrônica.
No Estado, o maior usuário é a Nakayama Indústria e Comércio de Madeiras, de Santa Cecília, no Planalto Serrano, que emitiu mais de 400 notas em julho. O funcionário Sadayoshi Kanashido, um dos responsáveis pela emissão de notas, conta que eles precisavam ir pelo menos uma vez por semana na prefeitura. “Tivemos que fazer um investimento alto para colocar internet na Fazenda, mas valeu a pena”, afirma.
› FONTE: Secretaria de Estado da Fazenda