Questões genéticas e perda de audição também estão ligadas ao problema
As primeiras palavras de uma criança são alguns dos momentos mais aguardados pelos pais. Isso normalmente ocorre por volta dos dez meses mas, para algumas crianças, pode demorar um pouco mais. No Hospital Infantil Pequeno Anjo, Andrielle Pacheco Rubim, fonoaudióloga e professora do curso de Fonoaudiologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), identifica casos de atraso na fala durante as triagens ou, ainda, nas visitas aos leitos: “Isso ocorre, na maioria das vezes, pela falta de incentivo dos cuidadores. Mas questões genéticas também devem ser levadas em consideração, assim como perdas auditivas, que acabam atrapalhando o processo de desenvolvimento da fala”, aponta.
Entre três e seis meses o bebê começa a emitir sons isolados. Essa é a primeira tentativa de se comunicar. Depois, até os nove meses, eles reproduzem palavras como “mama” e “papa”. Com um ano de idade, a criança já deve produzir as primeiras palavras de forma clara. “Não é usual que uma criança comece a falar depois dos dois anos de idade. Com essa idade elas já passam a formar frases simples, telegráficas, sem usar os advérbios e adjetivos”, explica Andrielle.
Nos casos de percepção de atrasos na fala, a recomendação é que procure-se um especialista, para dar início à fonoterapia: “Se nisso não for corrigido, a aprendizagem pode ser afetada, assim como a capacidade de atenção”, afirma a especialista. Além disso, os pais devem procurar sempre estimular a fala da criança, ler, conversar, não falar infantilizado, evitar o uso de bico e mamadeira e corrigir as palavras erradas de forma amistosa.
› FONTE: Nicolle Emmily Machado/Univali