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O perigo dos agrotóxicos nos alimentos

Publicado em 27/06/2016 Editoria: Saúde Comente!


foto divulgação internet

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Myrna Campagnoli, endocrinologista é quem analisa o tema

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quase um terço do que consumimos tem resíduos de agrotóxicos em quantidade alta. Pela lista da Anvisa, os alimentos campeões em agrotóxicos são o pimentão, o morango, o pepino, a alface e a cenoura.

A ingestão de comida com excesso de agrotóxicos de forma prolongada pode causar câncer, problemas neurológicos e malformação fetal. É o que alerta Myrna Campagnoli, endocrinologista do Lâmina Medicina Diagnóstica. Para diminuir o risco de intoxicação, a médica preparou uma lista de medidas preventivas.

A primeira é lavar bem as frutas, verduras e hortaliças. De acordo com Myrna, a lavagem em solução de vinagre e água é uma medida eficiente para o controle de vários microrganismos, como o vibrião que causa a cólera. Mas que esse tipo de higienização não é eficaz para eliminar resíduos de agrotóxicos nos alimentos, já que grande parte dos agrotóxicos utilizados na lavoura é de uso tópico, concentrando-se, após a aplicação, na superfície do alimento. "Uma forma de eliminar parte dos resíduos é deixar o alimento de molho em uma solução de 1 litro de água e uma colher de sopa de bicarbonato de sódio por 30 minutos", explica.

A segunda dica é, sempre que possível, descascar as frutas. Os resíduos de agrotóxicos concentram-se especialmente nas cascas das frutas. No caso de verduras, a orientação é retirar as folhas externas. "Em geral, ali se concentram mais agrotóxicos. Com sua retirada, a carga mais pesada é eliminada, porém, infelizmente com perda de alguns nutrientes e vitaminas", afirma.

A terceira orientação é dar preferência a frutas e verduras da época, além de produtos nacionais e de sua região. Isso porque, fora da estação adequada, é mais provável que o alimento tenha recebido cargas maiores de agrotóxicos. "Neste caso, escolha outro alimento que os substitua em termos nutricionais. E quanto à distância, alimentos que percorrem longas distâncias normalmente são pulverizados depois da colheita e possuem um nível maior de contaminação", descreve.

Por fim, Myrna sugere a diversificação, que, além de propiciar boa mistura de nutrientes, reduz a chance de exposição ao mesmo agrotóxico usado pelo agricultor. "Mas a melhor dica é conhecer a origem dos alimentos e, quando possível, dar preferência aos orgânicos que, apesar de um pouco mais caros, hoje em dia já fazem parte da maior parte dos mercados e feiras", reforça.

› FONTE: Talk Assessoria de Comunicação

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