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Mobilização acontece no próximo dia 16 de outubro em mais de 150 países
Você sabe a qualidade dos alimentos que você ingere diariamente, seja em casa, seja fora dela? Pesquisa divulgada neste ano pela Universidade de Campinas (Unicamp) ao analisar nove capitais brasileiras apontou alto nível de contaminação em alimentos comercializados em ruas, praias e restaurantes.
Análises microbiológicas em 150 alimentos prontos constataram que, deste total, 11% estão impróprios para o consumo, tendo sido encontrados nos alimentos microrganismos nocivos à saúde, como coliformes fecais, estafilococos e bacillus cereus.
E justamente para tratar do tema alimentação é que todos os anos no dia 16 de outubro, data de fundação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), há um movimento de conscientização sobre o desperdício e, consequentemente a qualidade dos alimentos ingeridos. Dados do governo federal indicam que existem 800 milhões de pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar em todo o mundo.
Boas práticas
Para a diretora da Bioqual Santa Catarina, Cláudia Servaes, empresa que presta consultoria especializada em qualidade, higiene e segurança de alimentos para os mais diversos negócios que atuam nesse setor, os principais problemas identificados estão relacionados às boas práticas, como a higiene, assim como o incorreto armazenamento e o prazo de validade dos alimentos.
“Não há como falar em segurança de alimentos sem considerar o fator temperatura. O não cumprimento das normas ideais de conservação favorece a multiplicação de microrganismos e, consequentemente, a contaminação das pessoas”, explica.
O desperdício também é um tema que precisa ser tratado com preocupação, visto o grande número de pessoas que passam fome no mundo. A população pode começar a contribuir com o armazenamento correto dos alimentos.
Algumas técnicas podem ser utilizadas para preparar e armazenar alimentos adequadamente, como higienizar os alimentos antes de armazená-los, usar etiquetas para identificar a data e o tempo validade dos alimentos e, no caso de carnes, colocá-las em uma embalagem adequada e etiquetar.
Verão
Com a proximidade do verão os cuidados precisam aumentar, seja por parte dos consumidores, seja dos donos de estabelecimentos. Cláudia reforça que muitos consumidores desconhecem de que a temperatura em que o alimento está acondicionado influencia no prazo que o mesmo pode ficar em exposição.
No caso dos pratos quentes, se um alimento permanece entre cinco e 60 graus, o mesmo pode ficar em exposição por apenas duas horas, enquanto acima de 60 graus até seis horas. Já os pratos frios, se estiverem abaixo de 10 graus, podem ficar em exposição até quatro horas.
› FONTE: Inovação & Mercado
