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Alunos da Udesc promovem campanha pela implantação de crematório público em Florianópolis

Publicado em 14/10/2013 Editoria: Geral Comente!


 

Uma turma de 33 estudantes de Administração Pública da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) promove neste semestre uma campanha pela implantação de um crematório público municipal em Florianópolis.

Iniciativa de alunos do quinto termo, o Projeto Prosseguir integra a disciplina de Políticas Públicas, ministrada pelo professor Leonardo Secchi, no Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).

A campanha está fundamentada em um documento que aprofunda a questão por aspectos diversos - históricos, religiosos, econômicos, ambientais, legais - destacando dois pontos: a necessidade da Capital encontrar alternativas para a saturação de suas necrópoles e a indicação dos crematórios como recurso mais ético, moral, técnico e ambientalmente adequado para o destino dos corpos humanos.

Consulta popular
Uma das ações dos alunos é a realização de uma pesquisa de opinião online sobre o tema.

Segundo o estudo elaborado pelos estudantes, Florianópolis passa por um momento delicado em relação à destinação dos corpos humanos, pelo crescimento demográfico e consequente falta de espaço.

Com uma população atual em torno de 420 mil habitantes, a cidade registrou no ano passado 2.028 óbitos - e os familiares que desejam enterrar seus entes confrontam-se com a falta de espaço nos cemitérios públicos e, quando há vagas disponíveis, com valores altos para aquisição.

Benefícios econômicos e ambientais
"Um crematório público municipal vai proporcionar à população um mecanismo mais ágil no cuidado com os entes mortos, com redução de gastos, tanto particulares quanto públicos, em relação aos sepultamentos tradicionais. É uma medida que atende às demandas da população e às necessidades socioambientais da cidade", afirma o acadêmico Fernando Krautler.

O projeto aponta a cremação como opção mais coerente para os ambientes urbanos, tanto pelo caráter da sustentabilidade quanto pelo econômico.

"Cemitérios demandam uma grande área e tornam o terreno impróprio por muito tempo. Pela ótica sanitária, há a questão da poluição, e pela econômica, a cremação custa menos do que um jazigo e não exige manutenção permanente", declara Fernando.

Tema delicado
Os estudantes reconhecem que o tema é delicado e que mudar os padrões de sepultamentos é uma tarefa que requer diálogo, mas consideram que o sepultamento tradicional está se tornando incompatível com a realidade ambiental da sociedade moderna.

Segundo dados do Sindicato dos Cemitérios Particulares do Brasil (Sincep), em 1997 existiam apenas três crematórios no Brasil - em 2012 já eram cerca de 34, o que, para os alunos, permite concluir que a cremação vem crescendo regularmente como opção nos últimos anos.

"Nosso projeto visa estabelecer um canal de comunicação que aprofunde o debate em Florianópolis e leve as demandas sociais sobre o tema ao poder público", afirma a aluna Ana Caroline Oliveira.

 

› FONTE: Assessoria Esag

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