As ações incluem a entrega de 146 ambulâncias, disponibilização de leitos de retaguarda nos hospitais federais e o lançamento da primeira fase de aplicativo para vigilância participativa
Para reforçar a assistência à saúde aos torcedores que acompanharão os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o Ministério da Saúde disponibilizará 146 ambulâncias durante o período das competições. A operacionalização dos veículos durante os Jogos também será garantida pela pasta, que liberou, na última segunda-feira (21), R$ 30 milhões para o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (24/3), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, se reuniu com representantes do governo do Estado do Rio de Janeiro e da prefeitura da capital fluminense para apresentar as ações da pasta no aprimoramento da infraestrutura e organização dos serviços.
Os repasses para custeio das ambulâncias serão transferidos em três parcelas (março, abril e agosto) e devem ser disponibilizados, por exemplo, para a compra de insumos, combustível, entre outros itens. Do total de ambulâncias que serão cedidas, dez unidades foram entregues em 2015 ao governo do estado. As demais estão à disposição para a retirada na fábrica em Tatuí (SP). Após as Olimpíadas, as ambulâncias serão distribuídas a outras cidades para renovação da frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) de todo o país. O Ministério da Saúde investiu mais de R$ 42 milhões na aquisição e aparelhamento dos veículos.
“O compartilhamento de experiências, a renovação da frota do SAMU, a vigilância participativa e o preparo para atuação em emergências são legados que ficam para o país. O que está sendo investido pelo governo federal em qualificação da infraestrutura e organização dos serviços para as Olimpíadas servirá como legado para o atendimento contínuo da população brasileira após o evento”, destacou Marcelo Castro.
Também serão disponibilizados 130 leitos de retaguarda nos hospitais federais e institutos do Rio de Janeiro, sendo 62 clínicos, 58 cirúrgicos, quatro coronarianas e seis pediátricos. Além disso, estão sendo contratados 2.493 profissionais de saúde temporários, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e outras áreas para a rede federal de saúde no estado. Esses profissionais apoiarão o atendimento prestado à população durante os Jogos. Cerca de 80% já foram convocados desde janeiro deste ano.
GUARDIÕES DA SAÚDE – Seguindo a experiência bem sucedida da Copa do Mundo de 2014, o Ministério da Saúde também disponibilizará para a população o aplicativo Guardiões da Saúde. Na ferramenta, o usuário poderá indicar diariamente qual é a sua condição de saúde e, a partir da participação, o Ministério da Saúde, em conjunto com os governos municipais e estaduais, mapeará a ocorrência de sintomas similares relatadas em determinadas localidades. O aplicativo vai permitir a detecção mais rápida da proliferação de doenças e a adoção das providências necessárias para informar e proteger a população.
A proposta é que os usuários possam também acompanhar orientações sobre os cuidados com as doenças mais comuns no Brasil, como as transmitidas pelo Aedes aegypti. Ao informar, por exemplo, os sintomas que caracterizam o vírus Zika, o usuário receberá uma mensagem com a indicação para buscar um serviço de saúde. Outra funcionalidade disponível é identificação, por meio do mecanismo de geolocalização, de serviços como UPAs e Farmácias mais próximas.
O aplicativo já está disponível para download, gratuitamente, nas lojas virtuais Play Store e Apple Store e também pode ser acessada pela web. Em maio, será lançada uma nova versão com um módulo temático relacionado às Olimpíadas. A iniciativa é fruto de uma parceria com a ONG norte-americana Skoll Global Threats Fund (SGTF).
OUTRAS AÇÕES – As iniciativas desenvolvidas no âmbito da saúde incluem ainda a montagem de um centro de operações para atuar em ocasiões de emergência e auxiliar na organização da rede de assistência. O CIOCS (Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde) será ativado a partir do dia 5 de julho – um mês antes do início dos Jogos – e segue até 5 de outubro. O Centro irá monitorar as situações de risco, a demanda por atendimento, a vigilância epidemiológica e sanitária, além de coordenar respostas diante de emergências em saúde pública.
O CIOCS foi criado em 2011 pelo Ministério da Saúde e já foi ativado em eventos como Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude e Copa do Mundo de 2014. Com esse monitoramento, foi possível verificar que durante a Copa, apenas 0,2% dos participantes necessitaram de algum tipo de atendimento de saúde fora das arenas, como demonstra a experiência internacional, que prevê que, nos locais dos jogos, a necessidade de deslocamento a unidade de saúde de maior complexidade fica entre 0,2% e 0,5%.
Outra iniciativa é a atualização da página Saúde do Viajante (www.saude.gov.br/viajante) voltada a orientar o turista com informações para prevenção de saúde. A estratégia, implantada desde maio de 2013, contém dicas práticas e informações essenciais que ajudam os visitantes nacionais e internacionais a protegerem sua saúde durante a viagem. As orientações são direcionadas à prevenção de várias doenças, incluindo as transmitidas pelo Aedes aegypti e pode ser acessado nos idiomas português, inglês, espanhol e francês.
Cabe ressaltar que o período em que serão realizados os jogos é considerado não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti. Em 2015, agosto foi o mês com menor incidência de casos de dengue no país. O Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e o Comitê Organizador estão empenhados em garantir a segurança e a tranquilidade necessária ao público em geral.
› FONTE: Agência Saúde