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Em audiência no ministério da Agricultura, governador Colombo trata de demandas da pesca e da fruticultura

Publicado em 02/03/2016 Editoria: Meio Ambiente Comente!


Foto: Jaqueline Noceti

Foto: Jaqueline Noceti

O governador Raimundo Colombo participou na manhã desta quarta-feira, 2, em Brasília, de audiência com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para tratar de demandas catarinenses nas áreas da pesca e da fruticultura

Entre os pedidos, a liberação emergencial de licenças para embarcações pesqueiras que estão travadas e a proposta de renegociação com os chineses sobre parcerias comerciais na importação e exportação de frutas.

Em relação às licenças para as embarcações pesqueiras, a ministra se comprometeu em liberá-las com agilidade, nem que seja preciso estruturar um mutirão no ministério. Cerca de mil processos de pedidos de licenças foram paralisados diante de investigações policiais envolvendo órgãos lidados ao setor pesqueiro. "As questões ligadas às investigações seguem na Justiça. Mas conseguimos hoje o compromisso do ministério com a revalidação das licenças, o que permite que os pescadores possam desenvolver sua atividade dentro da normalidade. São licenças individuais para que cada embarcação possa ingressar no mar e fazer o seu trabalho", destacou Colombo.

Na área da fruticultura, o governador Colombo relatou que produtores rurais de SC estão preocupados com a possibilidade da China iniciar a exportação de maçã para o Brasil, o que afetaria a cadeia de produção catarinense. "A China produz muito mais do que o Brasil, e a entrada da maçã chinesa afetaria um importante setor produtivo catarinense que passou por um período difícil e agora está retomando a produção com força", explicou Colombo.

A preocupação catarinense surgiu diante de uma nova parceria entre Brasil e China que prevê a ampliação de produtos comercializados entre os dois países na área da fruticultura. O Brasil passaria a importar melão para os chineses e, em troca, passaria a comprar a maçã chinesa, mais barata diante da produção em escala muito maior.

Uma alternativa levantada pelos produtores catarinenses é de o Brasil passar a importar pera no lugar de maçã, já que a pera tem uma menor produção comercial em Santa Catarina. A ideia da substituição também é trabalhada pelo Governo Federal, que informou, inclusive, que os chineses têm maior interesse em vender peras do que maçãs. No entanto, a ministra indicou que a maçã chinesa pode voltar para pauta em médio ou longo prazo e defendeu que os produtores catarinenses tomem as medidas necessárias para se tornarem cada vez mais competitivos no mercado nacional e no exterior.

Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçã. Segundo informações da secretaria de Estado da Agricultura, a maçã catarinense responde por 49% da safra brasileira, com uma produção de 614 mil toneladas em 2015. Cerca de 75% dos produtores brasileiros de maçã estão em Santa Catarina.

Transporte de milho por ferrovias

O governador Raimundo Colombo também apresentou para a ministra Kátia Abreu a proposta que Santa Catarina tem de transportar milho por ferrovias por meio de parceria com a iniciativa privada. A medida atenderia a demanda dos produtores de suínos, bovinos e aves, trazendo milho de outros estados de forma mais econômica. A intenção é que a carga saia de Goiás ou Mato Grosso e seja descarregada em Lages.

Nesta terça-feira, 1º de março, o governador Colombo e o vice-governador Eduardo Pinho Moreira receberam o presidente da Rumo/ALL, Júlio Fontana, além de lideranças e técnicos ligados ao agronegócio para discutir o projeto. Agora, a equipe técnica do ministério da Agricultura vai convidar a diretora da Rumo/ALL para uma audiência em Brasília para estudar possíveis parcerias.

De acordo com o governador, esta é uma questão fundamental para o Estado. São quase 90 mil famílias catarinenses ligadas a suinocultura, bovinocultura e avicultura que dependem do milho para suas atividades. Hoje, o grão que chega a SC é até R$ 10 mais caro do que o comercializado em regiões.

A princípio, o milho seria carregado em Goiás ou Mato Grosso, estados com uma grande produção do grão, e seriam descarregados em Lages, de onde seria transportado via caminhões para as agroindústrias ou produtores. Em média, o milho percorreria 600 quilômetros pelas rodovias e até 2.300 quilômetros em vagões de trens. Para atender o déficit de milho no Estado, que é de três milhões de toneladas, seriam necessários 116 vagões por dia, o que representa 39 mil vagões de trem por ano.

Também acompanharam a audiência no ministério da Agricultura o secretário executivo de Articulação Nacional, Acélio Casagrande, e a secretária adjunta Lourdes Martini.

› FONTE: Governo do Estado de SC

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