Na edição deste ano do Outubro Rosa, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), apoia e difunde a ideia do movimento de pôr fim ao mito de que o câncer de mama é uma sentença de morte. E, ao mesmo tempo, reforça a tese de que cuidar da saúde é um gesto de amor à vida.
Ao longo de todo o mês, há uma programação especial para profissionais que atuam nos cuidados a pacientes com câncer e para a população catarinense. O objetivo é reforçar a importância da detecção precoce do câncer de mama, através do autoexame e da mamografia.
Por meio de uma parceria do Cepon com a Associação Brasileira dos Portadores de Câncer (Amucc), neste mês haverá um mutirão de reconstrução da mama para pacientes mastectomizadas do Cepon. Serão feitas seis cirurgias nos dias 24 e 26 de outubro, no Hospital São Sebastião, em Florianópolis.
Depois das doenças do aparelho circulatório, as neoplasias são a segunda maior causa de mortes entre as mulheres em Santa Catarina. A médica epidemiologista Ana Curi, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, recentemente divulgou uma pesquisa realizada no período de 2000 a 2012. Os dados revelaram que o Estado registrou 9.976 mortes relacionadas ao câncer. “Desse total pesquisado, 1.106 óbitos foram em decorrência do câncer de mama”, destaca Ana Curi.
O câncer da mama é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Estudiosos e pesquisadores na área da saúde pública estimam que, em 2013, surjam no Brasil 52.680 casos novos da doença, com risco estimado de 52 casos para cada 100 mil mulheres.
Em quatro das cinco regiões brasileiras, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, sem considerar os tumores de pele não melanoma. A região Sudeste apresenta 69 casos para cada 100 mil mulheres, seguida da região Sul, com 65 casos para cada 100 mil mulheres. Região Centro-Oeste tem 40/100 mil; Nordeste tem 32/100 mil; e a região Norte tem 19/100 mil.
Detecção precoce
Mulheres a partir de 40 anos devem fazer anualmente o exame clínico das mamas, com profissional de saúde capacitado (médico ou enfermeiro) nas unidades básicas de saúde. Caso seja identificada alguma alteração suspeita, o profissional pedirá uma mamografia para confirmação diagnóstica. Já entre os 50 e os 69 anos, é recomendada a realização de mamografias de rastreamento, a cada dois anos.
Mulheres com risco aumentado de desenvolver câncer de mama (as que têm mãe ou irmã com câncer de mama antes dos 50 anos, história familiar de câncer de mama bilateral, câncer de ovário ou câncer de mama masculino) devem iniciar o acompanhamento já aos 35 anos.
Mamografia
A mamografia é hoje a principal estratégia para o diagnóstico precoce do câncer de mama. O Ministério da Saúde (MS) instituiu, a partir deste ano, o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM), que visa melhorar a qualidade dos 1,8 milhão de exames realizados anualmente no Brasil, bem como aumentar a segurança no uso dos mamógrafos nos serviços públicos e privados do país.
O programa tem caráter obrigatório para os mais de 4 mil serviços de mamografia em operação no território brasileiro.
Sintomas
Os sinais e sintomas do câncer podem variar. Algumas mulheres que têm a doença podem também não apresentar nenhum sintoma. De toda forma, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba identificar alterações para poder relatar ao médico.
Alterações que merecem atenção especial:
• Nódulo único endurecido;
• Abaulamento de uma parte da mama;
• Inchaço (edema) da pele;
• Vermelhidão (eritema) na pele;
• Inversão do mamilo;
• Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas;
• Sensação de nódulo aumentado na axila;
• Espessamento ou retração da pele ou do mamilo;
• Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos;
• Inchaço do braço.
› FONTE: Governo do Estado de SC