Imbituba – A Polícia Civil de Imbituba concluiu, na terça-feira, 26, o Inquérito Policial que investigava o homicídio da criança indígena de dois anos, o qual foi brutalmente assassinado no último dia 30 de dezembro de 2015, nas imediações da Rodoviária de Imbituba. O procedimento, após 27 dias de sua instauração, foi encaminhado ao Poder Judiciário, com a representação do mandado de prisão preventiva em desfavor do suspeito, um jovem de 23 anos, que cumpre prisão temporária.
Relembre o caso
O crime ocorreu quando a criança estava nos braços de sua mãe. Um jovem aproximou-se e desferiu, com um estilete, um golpe profundo contra o pescoço da vítima, levando-a a óbito. O ato criminoso foi captado pelas câmeras de vigilância existente no Terminal Rodoviário e na Vara da Justiça do Trabalho – locais próximos ao crime.
Iniciadas as diligências, no dia seguinte ao assassinato, um policial militar se deslocava para o trabalho quando reconheceu as características e vestes de um jovem que transitava pelas ruas de Imbituba, conduzindo-o para a Delegacia. Apurando o suspeito, os indícios levaram ao reconhecido dele pelas testemunhas e que as roupas apreendidas na casa dele eram exatamente aquelas utilizadas pelo autor no dia do crime. Assim, representou-se pela prisão temporária de do suspeito, prontamente deferida pelo Judiciário e cumprida de imediato, no dia primeiro de janeiro.
Segundo o Delegado de Polícia Civil Raphael Giordani, nos dois primeiros interrogatórios, o indiciado negou a prática do crime e, na terceira vez que foi interrogado, quando lhe foi mostradas as imagens do momento em que praticou o crime, o suspeito confessou. "Ele alegou que cometeu o crime por culpa da sociedade, pois fez várias entrevistas de emprego e não foi aceito. Por causa disso, virou adepto de uma religião, onde falou com espíritos e estes disseram-lhe que deveria matar uma criança, motivo pelo qual cometeu o homicídio", ressaltou o delegado.
Concluídos os trabalhos investigativos, Giordani apontou que em nenhum momento a motivação do crime se deu por ódio contra raça, cor ou classe social, não tendo o crime sido cometido pelo fato daquela criança ser indígena. "Desta forma, o suspeito foi indiciado pela prática do crime de homicídio duplamente qualificado", disse o delegado.
› FONTE: Assessoria de Imprensa da Polícia Civil de Santa Catarina
