Rótulo de água mineral contêm informações que podem auxiliar consumidor na hora da compra e situações em que os elementos podem causar danos à saúde também podem ser avaliados.
A água mineral engarrafa é a bebida que apresenta maior crescimento de consumo no Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral (Abinam), cerca de 40% dos brasileiros compram água engarrafada. A pesquisa relata ainda, que entre 2010 e 2011, o setor cresceu em média, 15%, resultando na comercialização de 2,9 bilhões de litros de água em 2011. No entanto, a atenção deve ser voltada para a qualidade do líquido ingerido.
Segundo Manuela Seidel, bióloga, a água mineral tem propriedades medicamentosas devido à presença de alguns minerais, por conta do contato que a mesma tem com rochas, sedimentos, algas e outros elementos naturais. “Isso difere este tipo de água da água de mesa, por exemplo. Também vendidas em garrafas, a água de mesa não possui essas propriedades, sendo considerada apenas potável”, observa. “Muitos não observam essas diferenças que estão presentes no rótulo e acham que estão consumindo um produto rico em minerais, quando na verdade eles não estão na composição”, complementa. Além destas informações, o consumidor pode encontrar no rótulo, dados como: nome da fonte, natureza da água, localidade, nome e endereço do concessionário, classificação. “Ano e mês do envasamento e prazo de validade são informações obrigatórias para todas as águas”, acrescenta Manuela.
Tipos de minerais
Manuela explica que as águas são classificadas comumente pelo tipo de fonte e pela composição química. A bióloga destaca ainda, que existem as águas radioativas, que podem auxiliar na eliminação dos cálculos renais, as magnesianas, que ajudam a regular o intestino, as ferruginosas, que auxiliam nos casos de anemia, entre outros tipos.
A água mineral vanádica, que possui propriedades antioxidantes, que auxiliam na síntese do Colesterol e na condução do açúcar para diabéticos pode ser considerado um bom exemplo. “Raro de ser encontrado na forma líquida, o Vanádio está presente em apenas cinco fontes no Brasil e em uma na França”, ressalta Manuela.
“No interior de Toledo, no Paraná, está localizada a fonte com a maior quantidade de Vanádio por litro já encontrado no mundo: 0,31 mg/L, a Sferriê”, acrescenta. As variações dos componentes, por vezes denominadas informações nutricionais ou composição química podem ser verificadas no rótulo.
Atenção
A bióloga explica que alguns componentes presentes em determinadas águas podem ser prejudiciais para a saúde, se consumidos em excesso. “O Nitrato, por exemplo, deve estar presente na água numa quantidade máxima de 50 mg/L (RDC 274/2005). Acima disso, já representa risco para o desenvolvimento do Câncer de estômago”, conta Manuela.
pH
O Potencial de Hidrogênio (pH), indica o nível de acidez, numa escala de zero a 14. A água é neutra se medir sete, ácida, se for inferior a sete e alcalina se exceder este valor. “No mundo, 90% das águas minerais são ácidas e apenas 10% neutras ou alcalinas”, destaca a bióloga.
Manuela explica que a água alcalina é recomendada por médicos e nutricionistas, pois neutraliza os ácidos estomacais e as gorduras ingeridas. “Desta forma, quem possui problemas como: úlcera e gastrite, pode se beneficiar com o consumo diário de uma água alcalina”, observa. “Vale ressaltar que a água vanádica, além de possuir as propriedades terapêuticas, tem ainda, o pH alcalino, avaliado em 10,01”, complementa.
› FONTE: MMatsuo