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Produtos catarinenses podem acessar mercado mundial via porto chileno

Publicado em 11/12/2015 Editoria: Economia Comente!


Porto chileno é o caminho para o Brasil acessar o mercado mundial via acordo transpacífico, na avaliação do vice-presidente regional do oeste da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Waldemar Antônio Schmitz esteve em Antofagasta (Chile), participando do Encontro ZICOSUR Ásia Pacífico que reuniu seis países membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru, além de representantes da Ásia.

O Chile quer atrair para os portos de Antofagasta a riqueza dos seis países sul-americanos que desejam exportar para os membros do Acordo Transpacífico e se aproveitar do livre comércio. O Chile acena com os portos e com a forte presença chilena em acordos internacionais. Para os países membros do ZICOSUR, duas possibilidades se apresentam: ou receber em seus produtos o carimbo made in Chile e exportar, ou ainda implantar uma unidade montadora, ou algo parecido em solo Chileno, mais precisamente em Antofagasta, para enviar as mercadorias ao exterior.

Para viabilizar essa oportunidade, é necessário um estudo de viabilidade econômica que o Chile promoverá, consultando os países integrantes. O passo seguinte será a adesão do Governo estadual e do Federal para criar o marco legal regulatório.

Schmitz, que chefiou uma delegação de empresários de Santa Catarina presentes ao encontro, defende que a infraestrutura de viabilização passe pela construção de uma ferrovia. Santa Catarina foi a maior delegação de todos os países participantes. Com 19 empresários, a maioria ligada à FIESC, a presença foi decisiva para que, em setembro de 2016, Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Peru reúnam-se em Florianópolis. O Mato Grosso, que se fez representar por um Secretário de Estado e por empresários, vai sediar o próximo encontro em Abril, em Cuiabá.

O dirigente catarinense elogiou a habilidade política do Governador da região Vicente Valentin que, representando a presidente Chilena Michelle Bachelet, deu o tom de que a região de Antofagasta é uma referência de negócios internacionais para quem deseja acessar a riqueza do Acordo Transpacífico que entra em vigor em 2017. O Acordo pode diminuir os mercados para os produtos brasileiros.

Com cinco portos, Antofagasta pretende ser a ponte de acesso para o escoamento da riqueza para os países do Pacífico. Para o Brasil, especialmente para Santa Catarina, tende a ser uma questão de logística estratégica para se ganhar mercado.

O governador de Antofagasta deve visitar Santa Catarina em janeiro e ter um encontro com o Presidente da FIESC para que, juntos, possam contar com a adesão do Governo de Santa Catarina para viabilizar o ZICOSUR no âmbito estadual e posteriormente, no Federal.

Na avaliação do vice-presidente Waldemar Schmitz, uma ferrovia que saia de Antofagasta e vá até São Miguel do Oeste ou Chapecó em Santa Catarina representar redução do custo de transporte e acordos comerciais que permitirão o acesso dos produtos catarinenses aos países do Transpacífico. "Os benefícios dos acordos internacionais do Chile abrem as portas a quase 90% do PIB mundial", realça o dirigente.

Existe uma ferrovia que sai de Antofagasta e passa pela Argentina. Parte construída com capitais chineses. A intenção é chegar até o oeste catarinense. Os chineses com seus capitais e expertise em executar obras de infraestrutura em prazo reduzido poderão ser parceiros.

A China cresce sua população, anualmente, o equivalente a duas vezes e meia a de Santa Catarina. Algo como 18 milhões de pessoas. A economia chinesa, mesmo crescendo menos, não consegue impedir o movimento migratório do campo para as cidades. O potencial de consumo é imenso. Para o oeste catarinense, efetuados os estudos de viabilidade econômica e comprovado o benefício, pode ser o paraíso. Os estudos estão sendo feitos no âmbito do ZICOSUR.

Waldemar Schmitz acredita que o ZICOSUR será uma nova ponte para o Brasil e especialmente para o oeste de Santa Catarina fazer negócios e conquistar novos mercados, principalmente, no âmbito do Acordo Transpacífico. Para isso, precisa comprovar a viabilidade econômica com a adesão da chancela dos governos estadual e Federal.

› FONTE: MB Comunicação

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