foto: Atleta William (na frente) em competição Estadual Itajaí 2013
Por Larissa Gaspar
No último dia 11 a Câmara de Vereadores aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que propõe a criação do programa Bolsa-Atleta em São José. O objetivo é oferecer apoio financeiro para atletas e paratletas não profissionais que ficarem entre os três primeiros colocados em suas categorias. Este é o primeiro benefício oficial oferecido para os atletas no município, antes alguns esportistas recebiam bolsa por convênio com outras entidades.
Para receber a bolsa, o atleta deve alcançar o pódio de sua determinada categoria e modalidade nas competições de Santa Catarina: Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), Olimpíadas Estudantis de Santa Catarina (OLESC) e nos Paradesportivos de Santa Catarina (PARAJASC).
O atleta também deve comprovar que faz parte da equipe de São José, e se for menor de idade deve estar matriculado em uma escola pública ou privada. A Fundação Municipal do Esporte e Lazer dispõe de um orçamento de 60 mil reais que serão destinados ao Bolsa-Atleta. “Ainda não decidimos o valor que cada atleta irá receber, mas será por meritocracia” explicou a superintendente Andréa Luiza Grando.
O esportista William Sérgio, da equipe de atletismo de São José acredita que a bolsa irá motivar os atletas a treinarem mais e se dedicarem ao esporte: “Muitos atletas já pararam de treinar por falta de dinheiro, é difícil começar e continuar sem nenhuma ajuda de custo. A bolsa também pode incentivar o esporte a crescer”. O atleta William recebe uma bolsa não oficial desde 2011 e segundo ele, pretende representar o Brasil na Olimpíadas de 2016.
A superintendente Andréa conta que a ideia para a criação do projeto surgiu da necessidade de São José de incentivar os atletas a serem descobertos e também para evitar que o atleta acabe representando outro município. Foi o que aconteceu com a nadadora Ariane Rocha, ela foi chamada para representar a cidade de Criciúma nas competições. “Na época que eu fui convidada, São José não ajudava quase nada. Tem poucos patrocinadores e faltam recursos. Hoje o município de Criciúma paga os gastos do meu colégio”, relatou a nadadora.
O número de atletas catarinenses que começam a desistir do esporte aos 20 anos é alarmante. Ou eles acabam largando os treinos e optam por fazer uma faculdade e trabalhar ou acabam saindo do estado e indo morar em São Paulo e Rio de Janeiro, pois nesses lugares há maiores oportunidades e incentivos. A Bolsa-Atleta de São José pode ser uma alternativa para essa realidade.
› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)
