Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Comércio recua 6% no PIB na comparação com o primeiro trimestre de 2014

Publicado em 29/05/2015 Editoria: Economia Comente!


foto: Divulgação

foto: Divulgação

O Produto Interno Bruto (PIB) do país, divulgado pelo IBGE, apresentou variação negativa de 0,2% na comparação do primeiro trimestre de 2015 contra o quarto trimestre de 2014, na série com ajuste sazonal.

Em relação a igual período de 2014, houve contração de 1,6% do PIB no primeiro trimestre do ano. No acumulado dos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2015, o PIB registrou queda de 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O valor adicionado de Serviços caiu 1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 6% do Comércio (atacadista e varejista) e de 3,6% de Transporte, armazenagem e correio (que engloba carga e passageiros). 

Para a Fecomércio SC, a retração da atividade verificada no trimestre se deve às mudanças pelas quais passou o mercado de trabalho, com a forte desaceleração da renda e o aumento da taxa de desemprego, que até pouco tempo encontrava-se em situação de pleno emprego.

Este fato provocou uma queda nos níveis de consumo e investimentos do país, afetando tanto a indústria quanto o comércio e os serviços. Soma-se a isso a restrição ao crédito, as altas taxas de juros e a inflação forte e persistente, oriunda principalmente do reajuste dos preços administrados e que se inserem num contexto maior de ajuste fiscal. Todos esses fatores provocaram este resultado negativo do PIB que só deve apresentar sinais de melhoras a partir do último trimestre do ano, quando o ambiente de negócio estará melhor, devido a uma menor inflação e a uma política fiscal mais responsável. 

Valores

Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2015 alcançou R$ 1,408 trilhão, sendo R$ 1,199 trilhão no Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 209,0 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2015 foi de 19,7% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (20,3%). 

Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a Agropecuária cresceu 4,0%, principalmente pelo desempenho de alguns produtos da lavoura. A Indústria recuou 3,0%. Nesse contexto, a Indústria de Transformação caiu 7,0%, com o decréscimo da produção da indústria automotiva; máquinas e equipamentos; produtos eletrônicos e equipamentos de informática; artigos do vestuário; e produtos do fumo.

A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou queda de 12,0%, negativamente influenciada pelo maior uso das termelétricas na geração de energia e pela redução do fornecimento e consumo de água. A Construção civil também apresentou redução de 2,9%. Já a Extrativa Mineral cresceu 12,8% em relação ao primeiro trimestre de 2014, puxada pelo aumento da extração de petróleo, gás natural e minérios ferrosos.

Também apresentaram resultados negativos as atividades de Administração, saúde e educação pública (-1,4%), Outros Serviços (-0,6%) e Intermediação financeira e seguros (-0,4%). Registraram resultados positivos as Atividades imobiliárias (2,8%) e os Serviços de informação (2,9%), atividade esta que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, edição de jornais, livros e revistas, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Consumo

Todos os componentes da demanda interna apresentaram queda em relação ao primeiro trimestre de 2014. A Despesa de Consumo das Famílias (-0,9%) registrou a primeira queda desde o terceiro trimestre de 2003. A Formação Bruta de Capital Fixo caiu 7,8%, principalmente pela queda das importações e da produção interna de bens de capital e, ainda, pelo desempenho negativo da construção civil. A Despesa de Consumo do Governo, por sua vez, caiu 1,5%.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços subiram 3,2%, enquanto que as Importações caíram 4,7%. Dentre as exportações de bens, os destaques de crescimento foram petróleo e carvão, siderurgia e têxteis. Na pauta de importações, as maiores quedas foram em veículos automotores e equipamentos eletrônicos.

 

 

 

› FONTE: Fecomércio

Comentários