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Chega ao Brasil genética de qualidade na produção de cebolas

Publicado em 23/09/2013 Editoria: Meio Ambiente Comente!


foto: Divulgação

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O destaque são sementes com alta produtividade, resistência a doenças e elevada capacidade de armazenagem

O interesse mundial no potencial de crescimento do agronegócio brasileiro não é surpresa e ganha cada vez mais destaque, especialmente com os anúncios da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura sobre o aumento da população e a consequente necessidade de maior produção de alimentos. Afinal, serão 9 bilhões de pessoas no mundo até 2050, e para atender a essa demanda a produção mundial de alimentos precisará crescer cerca de 70%.

Diante desse cenário, quando falamos da produção de um alimento básico como a cebola, os números ganham uma dimensão ainda maior. Por ser um ingrediente indispensável em quase todas as cozinhas, a cebola está entre os vegetais mais consumidos no mundo, o que explica o aumento do consumo da cultura proporcionalmente ao aumento da população mundial.

Por isso, o Brasil é uma das regiões estratégicas para o grupo de cooperativa agrícola internacional Limagrain, fundado por fazendeiros franceses e que hoje reúne 3,5 mil cooperados, possui escritórios próprios em 39 países, volume de negócios de 1,7 bilhões de euros, e investimento de 165 milhões de euros em pesquisa.

A Limagrain atua no Brasil por meio de sua unidade de negócios Hazera-Nickerson, responsável por 124 milhões de euros em vendas. Ao lado de outras três unidades (Vilmorin, HM_Clause e Mikado Kyowa Seed), o grupo tornou-se o segundo maior produtor de sementes vegetais do mundo, com 30% das vendas da Limagrain, ou 527 milhões de euros. Entre as 12 espécies vegetais criadas, depois do tomate, que representa 28% das vendas da companhia, a cebola, com 15% de market share, é a principal cultura da Hazera-Nickerson.

Hoje, o consumo mundial de cebola está em torno de 6,2 kg por pessoa/ano com a expectativa de chegar a 10kg por pessoa/ano em 2050. Mas aqui no Brasil, o consumo per capita, de cerca de 4 kg/ano, ainda é baixo ao ser comparado com outros países como a Libia (30 kg), Emirados Árabes (25 kg), Marrocos (21 kg), Estados Unidos (10 kg), França (8 kg) e Holanda (6 kg). Além disso, apesar de estarmos entre os dez maiores produtores de cebola do mundo, com produção de 1,5 milhões de toneladas em 2012, também estamos significativamente abaixo em relação aos 5 maiores produtores: China, Índia, Estados Unidos, Pasquistão e Turquia.

“Todos os números que envolvem o mercado da cebola são grandes. Trata-se de uma cultura bianual, com desenvolvimento relativamente lento devido ao longo tempo necessário para desenvolver novas variedades, mas de elevado potencial econômico. Por isso, apesar do longo, caro e exaustivo desenvolvimento de semente hibridas de cebola, estamos investindo no Brasil, utilizando todo o conhecimento da Hazera-Nickerson para entregar ao mercado brasileiro variedades adequadas às suas necessidades”, afirma Yehuda Olshansky, diretor comercial da Hazera-Nickerson.

O trabalho de seleção genética para se alcançar um novo hibrido de cebola comercial pode demorar até 20 anos, entre as fases do primeiro cruzamento de espécies, criação e estabilização da nova variedade, testes e desenvolvimento para o mercado. Para isso, a empresa, que possui quatro centros de pesquisa na Holanda e Israel, investe 3,5 milhões de euros em pesquisas sobre cebolas, anualmente.

Para atender ao produtor, as pesquisas têm foco na criação de variedades com características de alta produtividade, capazes de usar menos água e fertilizantes, tolerantes ao frio e à seca, e resistentes a doenças. As pesquisas também são direcionadas para atender as necessidades dos consumidores, quando as variedades devem ter boas características em termos de sabor, cor, tamanho, qualidades nutricionais e utilidades culinárias; e os processadores e exportadores quando as variedades devem ter alta capacidade de armazenamento, dormência, firmeza e retenção de cascas, para permitir ao produtor escolher o melhor momento de comercializar o produto.

“Em 2007, fomos a primeira companhia a desenvolver uma variedade de cebola com alta resistência à Downy mildew, uma das mais importantes doenças que acometem a cultura da cebola, causando quebra ou seca da folha. Com as folhas mortas, seus hormônios deixam de ir para os bulbos o que reflete na redução da qualidade de armazenagem do produto ”, afirma Wim van der Heijden, gerente global de produto da Hazera-Nickerson.

O Brasil, assim como a Holanda, país onde Hazera-Nickerson possui um centro de pesquisas de alta performance em melhoramento genético de cebolas, tem boas condições de clima e solo fértil, porém, ainda não dispôs da mesma genética e controle de qualidade que tornaram o país europeu referência no mercado de cebola, com 90% de sua produção voltada à exportação. Sua cebola é reconhecida por diversas características de interesse do mercado, como uniformidade, formato regular, excelente coloração, firmeza das cascas e, especialmente, boa capacidade de armazenamento, capazes de manter o produto até 9 meses em estoque.

É esse know how da Holanda que dá respaldo ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela Hazera Nickerson no Brasil, e que certamente se somará as já reconhecidas vantagens brasileiras na agricultura, refletindo no aumento da produtividade para viabilizar a necessidade de crescimento significativo da produção de alimento para uma população de 9 bilhões.

 

 

› FONTE: Texto Comunicação Corporativa

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