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Aumenta pessimismo dos empresários catarinenses com a economia do país

Publicado em 09/03/2015 Editoria: Economia Comente!


foto: Divulgação

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O empresário do comércio catarinense nestá cada vez mais pessimista com relação às condições atuais da economia brasileira e dos seus negócios, conforme demonstra a pesquisa de fevereiro do ICEC - Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), que bateu nos 101,4 pontos (queda de -4% em relação a janeiro) e  igualou o menor resultado da série histórica, de junho de 2014. No ano, a queda foi de -11%, mantendo o indicador num nível considerado baixo e próximo dos 100 pontos.

O resultado mostra que o pessimismo dos empresários catarinenses com relação às condições atuais das suas empresas é considerável, capitaneado, principalmente, pela redução do acesso ao crédito, pelos elevados juros, pelo crescimento reduzido dos rendimentos do trabalho e o volume de vendas em declínio.

Dois dos três indicadores das Condições Atuais do Empresário do Comércio apresentaram queda mensal. No ano, todos caíram.

O índice de Condições Atuais da Economia teve uma considerável queda de -44,7%, passando de 78,9 pontos em fevereiro de 2014 para 43,6 pontos em fevereiro de 2015. Na comparação mensal, a retração foi de -9,2%.  

A queda indica que a situação é de pessimismo persistente, associado ao ajuste econômico de caráter recessivo, anunciado pela equipe econômica do governo, e ao baixo volume de vendas ao longo do ano no Estado.

O subíndice de Condições Atuais do Comércio (CAC) apresentou variação negativa de -17,2% na comparação anual e de -6,% na comparação mensal. Em termos absolutos, o subíndice marca 73,6 pontos; inferior aos 78,7 pontos de janeiro.

Por fim, o subíndice de Condições Atuais das Empresas do Comércio (CAEC) subiu 1,0%, explicado pelo replanejamento dos estoques, baseado nas expectativas de menores vendas realizado pelas empresas. No mês houve queda de -2,8%. Em termos absolutos fechou o mês de fevereiro com 102,4 pontos. 

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que vem segurando o ICEC em uma situação acima dos 100 pontos, caiu -11% no ano e -2,9% na variação mensal.

Dos 132,2 pontos em janeiro, o índice foi para 128,4 pontos. Os subíndices Expectativas da Economia Brasileira (EEB), Expectativa do Comércio (EC) e Expectativa das Empresas Comerciais (EEC), em consonância com o IEEC, apresentam-se todos acima da barreira dos 100 pontos, bem como apresentaram quedas tanto no ano, quanto no mês.

Os dados indicam uma diminuição do otimismo do empresário do comércio diante da perspectiva de recessão da economia em 2015, corroborada pelos cortes de investimento na Petrobrás e o risco de racionamento energético e hídrico. 

Cautela nos investimentos

O IIEC, Índice de Investimento do Empresário do Comércio caiu -4,4% no mês. No ano a queda foi de -4,8%. Ficou no patamar de 102,5 pontos em fevereiro.

Este resultado decorre muito das difíceis condições atuais da economia, como a restrição ao crédito e aos juros elevados (tanto ao consumidor, quanto ao empresário) e indicam que as fortes pressões inflacionárias, provindas da alta do combustível, e o desaquecimento do mercado interno acendem um sinal de alerta e preocupação aos empresários.

O subíndice Contratação de funcionários (IC) apresentou queda de -13,9%, passando de 112,3 pontos no mês passado para 101,1 pontos no mês de fevereiro. Na comparação anual houve queda de -8,2%, demonstrando que o mercado de trabalho já mostra sinais de saturamento, conclusão corroborada pelo baixo saldo de vagas criadas no ano.

O IIEC do mês de fevereiro mostrou que os empresários mantêm certa desconfiança com relação as suas perspectivas de investimento, dada sua consideração de que a economia brasileira entrará em recessão em 2015.

Caso a economia permaneça em situação ruim, tendência para o restante do ano, o investimento dos empresários catarinenses tende a ser consideravelmente mais cautelosos, optando por estratégias que minimizem os riscos.

 

 

› FONTE: Fecomércio

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