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Palestra com o grupo Mídia Ninja leva 150 alunos ao auditório da UFSC

Publicado em 11/09/2013 Editoria: Educação Comente!


Foto: Larissa Gaspar

Foto: Larissa Gaspar

por Larissa Gaspar

Na noite de ontem (10), o auditório do Centro de Convivência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) reuniu cerca de 150 alunos em mais uma tarde especial de palestras da Semana do Jornalismo. Desta vez o evento trouxe o grupo Mídia Ninja, representado pelo jornalista Bruno Torturra. O Mídia Ninja se popularizou no final do mês de Junho, por conta das manifestações em São Paulo, que influenciou o Brasil inteiro a ir para as ruas. Após uma introdução do que é o grupo Mídia Ninja, como surgiu e o que ele representa atualmente, Bruno Torturra respondeu perguntas e dúvidas dos estudantes universitários.

O grupo Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) foi formado em 2011 em São Paulo, no cenário de manifestações que a cidade vivia. O objetivo do grupo era criar um centro de mídia independente, com um discurso diferente das mídias de massa. “Estou no meio de uma cena de guerra e as pessoas não estão sabendo o que está acontecendo aqui. Tenho que tentar fazer um streaming” foi o que contou o jornalista Bruno Torturra, sobre o início do grupo. Pelo próprio twitter, o jornalista transmitiu as manifestações e mais de 90 mil pessoas assistiram o que acontecia nas ruas de São Paulo.

Os estudantes presentes enviaram perguntas durante as duas horas de palestra e ouviram atentamente o que o jornalista respondia. Todo o debate foi transmitido online pelo site da Semana do Jornalismo da UFSC http://semanadojornalismo.sites.ufsc.br/. “Achei muito legal quando o Bruno falou que hoje qualquer um pode se comunicar pela internet, e também acredito numa revolução do jornalismo”. Essa é a opinião de Matheus Moreira, estudante da 4ª fase. Durante a palestra, Torturra também falou sobre o “Fora do Eixo”, rede que atua na área cultural em todo o Brasil e no intercâmbio solidário, que foi onde a Mídia Ninja se desenvolveu.

Bruno Torturra e o grupo Mídia Ninja são alvos de muitas críticas, a aluna da 3ª fase de jornalismo Sandy Costa por exemplo, considera a mídia Ninja sensacionalista, apesar de achar que o grupo mostra o lado dos protestos que a mídia tradicional não mostra. Thiago Ghizoni, também aluno da 3ª fase ainda tem dúvidas “Acho que eles ainda tem muito para explicar, não entendo como eles sobrevivem economicamente”. Mas Torturra defende: “o nosso grupo sempre se declarou um projeto laboratorial e nós queríamos nos estruturar melhor, encontrar um modelo econômico para seguir, mas então vieram os protestos e a gente decidiu cobri-los primeiro”.

Perguntado sobre como ele vê a Mídia Ninja num cenário político tranquilo, ele responde que o grupo nunca quis ser um veículo de comunicação de épocas de crise, mas que não vê esse cenário tranquilo em nenhum momento: “A Copa do Mundo e as eleições são ano que vem”, afirma.  A resposta foi um sonoro “não”, quando a pergunta foi se ele aceitaria um emprego na Globo News se fossem oferecidos 50.000 mil reais.

 “Eu abri mão do meu emprego na Revista Trip e fiz uma aposta de vida”. Foi assim que o jornalista terminou a palestra no auditório do Centro de Convivência e se despediu dos estudantes.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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