Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

O mito da felicidade da mulher

Publicado em 04/09/2013 Editoria: Geral Comente!


foto: divulgação

foto: divulgação

Psicóloga afirma que nem sempre formar uma família é sinônimo de felicidade para as mulheres

Casar, ter filhos e formar uma família deixou de ser sinônimo de felicidade para a mulher há muito tempo. Essa mudança está atribuída especialmente à descoberta da pílula anticoncepcional nos anos 60, que permitiu com que as mulheres pudessem trilhar caminhos profissionais antes considerados exclusivamente masculinos e descobrissem um novo potencial, definindo assim um novo estilo de vida.

A psicóloga Viviane Regino, da linha jungiana e especialista em arte-psicologia, comenta que esse avanço também deixou a mulher dividida entre provar o seu talento, devido a necessidade de ser auto-suficiente, e o papel materno. “Nesse processo elas acabaram descobrindo que, como os homens, possuem as mesmas necessidades, e nem sempre é preciso colocar o papel materno como prioridade. Todas as mulheres têm como dom maior o cuidar e educar, sem dúvida é uma questão hormonal, mas nem sempre, hoje, essa característica recai sobre a vida familiar”, explica.

Segundo Viviane, dependendo das principais funções exercidas pela mulher (trabalho, casa, família) e da combinação delas, Carl Gustav Jung, fundador da psicoterapia, diz que nem todas as mulheres conseguem se identificar apenas com o conceito “Complexo Materno” (grupo de ideias carregadas de sentimento, associadas com a experiência e a imagem da mãe). “Com as mudanças sociais e a necessidade da realização da mulher na vida profissional fora do espaço doméstico, o ¨Complexo Materno¨  teve que associar-se à necessidade de segurança, seja ela dentro ou fora do casamento. Estes dois aspectos não permitiram que a mulher fugisse muito do compromisso, seja ele com o casamento ou com a empresa. Sendo assim, a felicidade da mulher, hoje, precisa ser bem planejada, os anos de investimento na carreira profissional nem sempre coincidem com o relacionamento amoroso, algumas vezes retardando esta possibilidade”.

Para a psicóloga, a felicidade depende das necessidades básicas que são iguais para todos, como saúde, segurança, amor, admiração e realização pessoal, podendo ser suprida de muitas formas. “Dependendo do tipo da necessidade emocional de cada um e num estudo profundo da tipologia e das emoções e suas representações mais profundas, é possível, sim, ser feliz das mais diferentes formas. Construir seu abrigo para a felicidade é algo muito maior e mais complexo do que a satisfação dos instintos. Um filho passa a ser o projeto de vida, a razão de viver e a esperança futura, seja este filho humano, institucional, social ou até mesmo aquela criança que existe dentro de nós que ainda precisa crescer e amadurecer. O relacionamento é fundamental para a felicidade, seja com o nosso interior ou com as opções que o mundo oferece”, finaliza.

Sobre Viviane Regino

Viviane Regino retoma a biografia humana e o trabalho terapêutico, através do embasamento psicanalítico e com visão junguiana. Utiliza o mundo simbólico como sonhos, reflexões e imagens do inconsciente, cujo conteúdo produzido pelo paciente torna-se repleto de significado e reorganização afetiva. Sua profunda compreensão na dialética entre Imagem e Inconsciente permite uma nova visão nos relacionamentos líquidos, vivenciados através da web contribuindo para seu uso assertivo.

A psicóloga aponta a comunicação hoje, como a maior aprendizagem, importante a todos os tipos de relacionamentos e aos próprios sentimentos. A “Arte de viver a Psicologia da Vida e do Amor” desperta uma nova consciência através da união entre a ciência e a arte, contribuindo para uma maior confiança nas escolhas da vida. O sentimento de rejeição ou aceitação igualmente trazendo a dor física, sejam eles virtuais ou reais, afetam a autoestima.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

Comentários