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Oleiro Geraldo Germano expõe cultura açoriana na UFSC

Publicado em 03/09/2013 Editoria: Cultura Comente!


Foto: Divulgação Secom/PMSJ

Foto: Divulgação Secom/PMSJ

A abertura da mostra é nesta terça-feira (3), às 20h, no Núcleo de Estudos Açorianos

“Aos 61 anos de idade terei a oportunidade de presentear a mim, aos meus amigos e incentivadores com a primeira exposição individual de meus trabalhos em um espaço extremamente cultural”. Este é o significado da mostra “Da terra e do barro, um caminho entre a tradição e a arte” para o oleiro e figureiro de São José, José Geraldo Germano.

A abertura da exposição, que está montada no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos na UFSC, será nesta terça-feira (3), a partir das 20h. O período para visitação é de 4 de setembro a 27 de outubro de 2013, das 9h às 12h e das 14h às 17h, com entrada franca. Germano é um dos coordenadores da Olaria Beiramar de São José, ligada à Prefeitura Municipal.

A iniciativa é resultado do acervo pessoal que vem sendo montado nos últimos dois anos, reunindo cerca de 40 obras em cerâmica. O autor trabalhou a cultura local, de base açoriana, relacionada à pesca artesanal, rendeira, oleiro, boi de mamão em frente à igreja matriz de São José, pau de fita em frente à capela do Bonfim, presépio, entre outras peças figurativas. Autodidata, Germano mostrará também peças desenvolvidas através do acordelado, técnica indígena utilizada pelo artista para aprimorar obras de grande porte, confeccionadas pelos oleiros de São José.

O autor conta que uma peça bastante especial que compõe a série é a sapateiro. “Para mim se destaca pelo fato de meu pai ter sido sapateiro e hoje ser um ofício raro, então quis fazer esse resgate”, diz.  O público vai ter a oportunidade de observar também peças baseadas em pesquisas de Franklin Cascaes, voltadas à religiosidade do açoriano, os cruzeiros, compostos por simbologias que lembram a morte e a ressurreição de Cristo.

Segundo o artista, ainda hoje há cruzeiros na Ilha. “A santa cruz esteve presente durante todo o período de colonização do país. Quando os colonizadores chegavam a um lugar pela primeira vez, a primeira ação era cravar a santa cruz. Pontilhando Florianópolis, encontramos cruzeiros em vários locais. Um deles é no cruzamento entre a Armação e o Ribeirão da Ilha”, explica.

Quando o Papa João Paulo II visitou Florianópolis, em 1985, José Geraldo Germano construiu uma santa cruz gigante que foi colocada na entrada da cidade. Em 2010, o artista expôs a Santa Cruz do Divino, no Terceiro Salão Nacional de Cerâmica, em Curitiba, recebendo Menção Honrosa por resgatar a arte popular e cultura religiosa açoriana.

Serviço

 

O quê: Exposição “Da terra e do barro, um caminho entre a tradição e a arte”, do oleiro e figureiro José Geraldo Germano

Onde: Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos, na UFSC, campus Florianópolis

Quando: Abertura nesta terça-feira (3), a partir das 20h. A visitação acontece de 4 de setembro a 27 de outubro de 2013, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Quanto: Gratuito

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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