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Servidores da UFSC fazem manifestação contra EBSERH

Publicado em 15/08/2013 Editoria: Geral Comente!


Celso Martins, coordenador do SintUFSC, discursa em frente ao ambulatório do HU

Celso Martins, coordenador do SintUFSC, discursa em frente ao ambulatório do HU

Por Jéssica Trombini

O Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (SintUFSC) realizou hoje de manhã um ato contra a adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) em frente ao Hospital Universitário. O movimento atende à convocação da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) para uma paralisação nacional que defende uma saúde pública, gratuita e de qualidade. Os principais problemas no projeto da Empresa apontados por Celso Martins, coordenador do SintUFSC, são a contratação temporária de funcionários e a privatização do atendimento ao público. 

A EBSERH é uma entidade pública de direito privado que prevê a terceirização dos serviços oferecidos pelos Hospitais Universitários das Instituições Federais de Ensino e foi criada em dezembro de 2011 pela presidente Dilma Rousseff. Até agora seis Hospitais Universitários, de 46 existentes no país, adotaram seus serviços.

Tanto por parte dos servidores como dos professores é cobrada uma posição da Reitoria da UFSC sobre a adesão ou não do HU à EBSERH, mas a decisão cabe ao Conselho Universitário (Cun), que antes deve discutir sobre o assunto com a comunidade universitária. Para isso, foi criada em setembro do ano passado uma comissão que vai analisar a viabilidade ou não da adesão, levando um parecer ao CUn. A Comissão da EBSERH foi homologada em julho deste ano e conta com 17 membros.

O professor Irineu Manoel de Souza, que faz parte da Comissão e do Fórum Catarinense em Defesa do SUS, participou da manifestação com os servidores. Ele afirma que o grupo ainda não se reuniu e nada de concreto foi feito. A discussão da EBSERH com a comunidade universitária também é uma preocupação do Diretório Central dos Estudantes. Eduardo de Lara, estudante de Direito e membro da gestão Novos Rumos (2013/2014), garante que o DCE não tem uma posição definida sobre a questão, mas vai realizar um debate, ainda sem data definida. 

O diretor do HU, professor Carlos Alberto Justo da Silva (o Paraná), também não possui posicionamento em relação ao assunto, e destaca que a direção do HU não tem poder de influência sobre a decisão do Cun. Ele acredita que o problema não está no modelo jurídico de gestão do hospital, e sim na vontade política de que os problemas hoje existentes sejam resolvidos, e a adesão à EBSERH não necessariamente acabaria com esses problemas, já que qualquer modelo apresentaria empecilhos para sua resolução. O HU é referência estadual em tratamentos de patologias complexas e tem grande demanda por cirurgias de grande porte, além de ser local de realização de pesquisas e ter caráter de hospital-escola.

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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