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Federação aponta 108 jornalistas mortos em 2013

Publicado em 13/01/2014 Editoria: Geral Comente!


Fernando Frazão/ABr

Fernando Frazão/ABr

Apesar de ligeira queda em comparação ao ano anterior, entidades veem crescimento da violência contra profissionais da mídia e cobram medidas de segurança. Só no Brasil, cinco jornalistas foram assassinados

Em 2013, 108 jornalistas e outros profissionais da mídia foram assassinados em todo o planeta, segundo levantamento da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

Outros 15 profissionais morreram em acidente de trabalho. A taxa de homicídios da categoria é ligeiramente inferior à registrada em 2012, quando 121 profissionais foram mortos em função do trabalho, de acordo com a entidade.

Cenário de um dos conflitos mais sangrentos da atualidade, a Síria lidera o ranking mundial de jornalistas mortos – 15 foram assassinados no país. Iraque, com 13 mortes, Paquistão, Filipinas e Índia, com dez cada, Somália, com sete, e Egito, com seis, completam o ranking dos países mais perigosos para jornalistas na atualidade.

No ano passado, cinco profissionais brasileiros foram mortos, segundo levantamentos da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) e da ONG Repórteres sem Fronteiras. Pelo balanço da ONG, o aumento da violência nas Filipinas fez o Brasil deixar a lista dos cinco países mais violentos para jornalistas, que integrava em 2012.

De acordo com a Repórteres sem Fronteiras, 71 pessoas com atuação na imprensa foram assassinadas em 2013. Outros 39 “jornalistas cidadãos” e fontes também foram mortos em razão de informações que divulgaram ou repassaram.

Apesar de ter apontado uma queda em relação ao ano anterior, quando foi registrado o recorde de 88 homicídios, a ONG vê com preocupação o crescimento da violência contra homens e mulheres que trabalham em veículos de comunicação. Em 2011, foram 67 mortes e, em 2010, 58.

Segundo o levantamento da ONG, a Síria, a Somália e o Paquistão são os países mais perigosos para jornalistas. Zonas de intenso conflito armado, os três países respondem juntos por 39% das mortes ocorridas ano passado. “Essas violações da liberdade de informação afetam todos os tipos de informantes, em sentido amplo, incluindo jornalistas profissionais, jornalistas cidadãos e internautas”, diz a Repórteres sem Fronteiras em seu relatório sobre liberdade de expressão, divulgado no dia 18 de dezembro.

Pedido de proteção

No último dia 31, a Federação Internacional de Jornalistas também cobrou dos governos, em todo o planeta, que reforcem a proteção dos jornalistas para assegurar seu direito elementar à vida.

Para a entidade, no entanto, 2013 foi encerrado com um avanço: a aprovação de uma resolução pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que instituiu a data 2 de novembro como o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade.

Segundo a FIJ, a resolução, aprovada em dezembro pela ONU, “inequivocamente condena todos os ataques e violência contra jornalistas e profissionais de mídia, tais como tortura, execuções extrajudiciais, desaparecimentos e detenções arbitrárias, bem como de assédio e intimidação em situações conflito e fora deles”.

Intimidações

Além dos cinco brasileiros mortos, o relatório da Abert, publicado em outubro, revelou que outros oito jornalistas e blogueiros do país foram alvos de atentado ou ameaças de morte no último ano.

 

 

 

› FONTE: Congresso em Foco

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