Floripa News
Cota??o
Florian?polis
Twitter Facebook RSS

Milho chegará a R$ 95,00 a saca ? Soja pode ultrapassar os R$ 170,00 ? Confira tudo em nosso report de hoje

Publicado em 01/03/2021 Editoria: Breaking News Comente!


CORN - MILHO
A Bolsa de Chicago também contabilizou perdas para os preços internacionais do milho futuro nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,75 e 9,25 pontos ao final do dia.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,47 com baixa de 8,00 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,38 com desvalorização de 9,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,27 com queda de 8,00 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,85 com perda de 3,75 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,44% para o março/21, de 1,65% para o maio/21, de 1,50% para o julho/21 e de 0,82% para o setembro/21.

miho
     
Chicago (CME)
CONTRATO US$/bu VAR
mar/21 547,5 -8
MAY 2021 538,25 -9,25
jul/21 527 -8
SEP 2021 485,75 -3,75
Última atualização: 17:02 (01/03)

Segundo informações do site internacional Successful Farming, na segunda-feira, os mercados agrícolas do CME Group fecharam em baixa, após um início de altas. Jack Scoville, do PRICE Futures Group, diz que as altas dos grãos foram aniquiladas pela América do Sul.

 “O mercado ainda está altista no geral, mas a safra sul-americana chegará em breve aos portos, e isso está prejudicando o mercado, em especial o da soja. O milho em baixa se espalha não tanto pela fraqueza próxima, mas pela força da nova safra que está gerando vendas nas proximidades. As inspeções de exportação de milho foram realmente boas; não sobrou muito no campo, então suspeito que eventualmente subirá”, diz Scoville.

Al Kluis, Kluis Advisors, acrescenta que os investidores estarão também de olho nas vendas semanais de exportação na quinta-feira.

“Na semana passada, este relatório mostrou as exportações de milho em seu nível mais baixo neste ano de comercialização, e as exportações de soja no segundo menor ritmo semanal neste ano de comercialização. É apenas uma pausa de uma semana? Talvez a China tenha comprado o suficiente para desacelerar a importação de milho e soja por algumas semanas ”, afirmou Kluis em nota diária aos clientes. 

miho
     
  B3 (Bolsa)  
mar/21 88 0,01%
mai/21 88,6 -0,11%
jul/21 83,95 0,78%
set/21 80,29 0,05%
Última atualização: 18:00 (01/03)

Já os preços futuros do milho encerram o primeiro dia da semana operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações entre 0,11% negativo e 0,78% positivo ao final da segunda-feira.

O vencimento março/21 foi cotado à R$ 88,00 com  alta de 0,01%, o maio/21 valeu R$ 88,60 om queda  de 0,11%, o julho/21 foi negociado por R$ 83,95 com valorização de 0,78% e o setembro/21 teve valor de R$ 80,29 com ganho de 0,05%.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas no mês de fevereiro. Nestes 18 dias úteis do mês, o Brasil exportou 822.892,4 toneladas de milho não moído.

Este volume representa apenas 32,28% de tudo o que foi embarcado durante o mês de janeiro (2.548.860 toneladas), mas é 141,85% a mais do que tudo o que foi registrado durante fevereiro de 2020 (340.255,8 toneladas).

Para a agência SAFRAS & Mercado, a colheita da safra de verão 2020/21 no Brasil de milho atingia 37% da área estimada de 3,953 milhões de hectares até sexta-feira (26).

No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 37,5% da área estimada de 4,119 milhões de hectares da safra verão 2019/20. A média de colheita nos últimos cinco anos para o período é de 37,1%.

No Rio Grande do Sul, com prazos estendidos, os grandes compradores ficaram ausentes. Os relatos de nossos correspondentes, no dia de  hoje foi de um  mercado pouco movimentado, com vendas pontuais para granjas e 

pequenas fábricas, já que grandes  compradores  permanecem  com  prazos bastante estendidos, conforme havíamos relatado durante a semana. 

Em Santa Catarina, o mercado apresentou calmaria com lotes em Papanduva a R$ 82,00. O dia de hoje apresentou um cenário de calmaria para o milho em Santa  Catarina e os  lotes  que  foram comercializados são do próprio Estado. Em se tratando de um cenário regional, não é novidade que este é depende do milho de outros Estados, por apresentar grandes indústrias compradoras, mas pouca produção para fazer frente às suas necessidades. 

O Paraná tem negócios nos Campos Gerais a R$ 78,50 e Maringá a R$ 79,00. As indicações dos Campos Gerais permanecem a R$ 80,00 venda e R$ 78,00  para  a  compra. Em  Castro,  um pequeno lote foi comercializado ao preço de R$ 78,50, e em Maringá, cerca de 800  toneladas ao nível de R$ 79,00. Paranaguá permanecendo entre R$ 81,00  e R$ 83,00, dependendo do vencimento. Não houve relatos de negócios no porto.

Já Mato Grosso do Sul tem o foco das tradings e cerealistas no cumprimento de contratos. Em Maracaju, ideia de venda do produtor entre R$ 74,00 e R$ 75,00, com compradores permanecendo em R$ 73,00. Em São Gabriel do Oeste, um comprador tentou  obter lotes a R$ 72,00 – cerca de R$ 1,00 a mais do que no dia anterior – porém, os produtores não se apresentaram à venda.

A segunda-feira (01) chega ao final com os preços do milho pouco modificados, mas subindo, no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado  não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.

Já as valorizações apareceram em São Gabriel do Oeste/MS (1,39% e preço de R$ 73,00), Brasília/DF (1,45% e preço de R$ 70,00) e Amambaí/MS (4,17% e preço de R$ 75,00).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho esteve sustentado na semana anterior com base no estresse do dólar e no atraso da colheita em algumas regiões produtoras. A oferta de milho tributado tem crescido gradativamente em São Paulo”.

Ainda nesta segunda-feira, a Conab divulgou sua nota semanal apontando que, as cotações do milho continuam em elevação no mercado interno. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 85,41/sc de 60 kg na sexta-feira, 26, com alta de 1,26% entre 19 e 26 de fevereiro.

“Vale ressaltar que, no dia 25, o Indicador fechou a R$ 85,59/sc, recorde nominal da série do Cepea. Produtores estão atentos à colheita da safra verão no Sul e Sudeste do País e à semeadura da segunda safra, principalmente no Centro-Oeste e em algumas regiões paranaenses, com baixo interesse nas negociações. Compradores com necessidades imediatas, por sua vez, acabam cedendo a valores maiores. No geral, o ritmo de comercialização está sido lento, com apenas negócios pontuais. Além dos atuais patamares elevados de preços, agentes seguem enfrentando dificuldades logísticas”.

Ainda mantemos nossa previsão de que os preços do milho poderão chegar a R$ 95,00 nos mês de junho, véspera da Safrinha. Embora este valor não signifique necessariamente grande aumento no lucro (porque será necessário diminuir deles os custos de carregamento da posição desde a colheita), será um preço altamente lucrativo. Confira alguns pontos que devem ser observados nos próximos dias:

 

FATORES DE ALTA

Escassez geral no país, com falta de disponibilidade nos mercados de São Paulo para cima (onde o preço está para cima de R$ 86,00/saca);

Aumento da demanda pelo setor de carnes, cujas exportações continuam aumentando, lastreadas ela elevação do dólar;

Altas do dólar (2,4% em fevereiro e 8,0% no ano), que mantém a exportação como alternativa de negócio permanente e impedem queda maior do grão, principalmente no Centro-Oeste do país.

 

FATORES DE BAIXA

Aumento forte dos fretes, que está limitando os negócios e abastecimento entre os estados, contribuindo para elevar as cotações locais;

No RS estoques foram aumentados com retração da demanda, recompras de exportação (washouts) e entrada da safra, fazendo pressão sobre os preços que não sobem e desativaram demanda no MS;

Relatório da Conab que aumentou em 2,0 MT a previsão de estoques finais desta safra.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA (Mercado)
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
01/03/2021 85,59 0,21% 0,21% 15,29
26/02/2021 85,41 -0,21% 2,48% 15,3
25/02/2021 85,59 0,47% 2,70% 15,55
24/02/2021 85,19 0,13% 2,22% 15,68
23/02/2021 85,08 0,22% 2,09% 15,61

As cotações do milho continuam em elevação no mercado interno, conforme apontam dados do Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 85,41/sc de 60 kg na sexta-feira, 26, com alta de 1,26% entre 19 e 26 de fevereiro. Vale ressaltar que, no dia 25, o Indicador fechou a R$ 85,59/sc, recorde nominal da série do Cepea. Produtores estão atentos à colheita da safra verão no Sul e Sudeste do País e à semeadura da segunda safra, principalmente no Centro-Oeste e em algumas regiões paranaenses, com baixo interesse nas negociações. Compradores com necessidades imediatas, por sua vez, acabam cedendo a valores maiores. No geral, o ritmo de comercialização está sido lento, com apenas negócios pontuais. Além dos atuais patamares elevados de preços, agentes seguem enfrentando dificuldades logísticas.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas no mês de fevereiro.

Nestes 18 dias úteis do mês, o Brasil exportou 822.892,4 toneladas de milho não moído. Este volume representa um acréscimo de 69.788,2 toneladas com relação ao contabilizado até a terceira semana de fevereiro (753.104,2) e é 32,28% de tudo o que foi embarcado durante o mês de janeiro (2.548.860 toneladas).

No total deste segundo mês do ano, o país embarcou 141,85% a mais do que tudo o que foi registrado durante fevereiro de 2020 (340.255,8 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques ficou em 45.716,2 toneladas, patamar 64,12% menor do que a média do mês passado (127.443 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 141,85% maior do que as 18.903,1 do mês de fevereiro de 2020.

Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 178.586,40 no período, contra US$ 69.884,40 de todo fevereiro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou acréscimo de 155,55% ficando com US$ 9.921,50 por dia útil contra US$ 3.882,50 em fevereiro do ano passado.

Já o preço por tonelada obtido registrou elevação de 5,66% no período, saindo dos US$ 205,40 do ano passado para US$ 217,00 neste mês de fevereiro.

A Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) estimou, na semana passada, que o Brasil iria exportar pouco mais de meia tonelada ao longo de todo o mês de fevereiro, projeção praticamente estável com a última divulgada de 545,16 mil toneladas. Apesar disso, o país superou este patamar em 50,94%.

 

SOYBEAN - SOJA

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira, 1, com preços mais baixos. Foi a terceira sessão seguida de perdas. Em dia volátil, o mercado não conseguiu segurar os ganhos iniciais, devido à ausência de novidades sobre a demanda pela soja americana e à queda do petróleo no mercado internacional.

Mesmo que o cenário fundamental siga positivo, principalmente me função do atraso na colheita e nos embarques brasileiros, o mercado se ressente de novos anúncios sobre vendas dos Estados Unidos pelo USDA, o Departamento de Agricultura daquele país. Com isso, fundos e especuladores optaram por liquidar posições.

SOJA - CME - CHICAGO
CONTRATO US$/bu Variação (cts/US$) Variação (%)
mar/21 13,925 -12,75 -0,91
mai/21 13,9125 -13 -0,93
jul/21 13,81 -10,5 -0,75
ago/21 13,3925 -9 -0,67
Última atualização: 17:02 (01/03)  

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 13,0 centavos de dólar por libra-peso ou 0,92% a US$ 13,91 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 13,81 por bushel, com perda de 10,50 centavos ou 0,75%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo recuou US$ 3,10 ou 0,73% a US$ 418,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 49,23 centavos de dólar, com perda de 0,71 centavo ou 1,42%.

SOJA - PREMIO - CBOT / PNG
CONTRATO VALOR
mar/21 -5
abr/21 10
mai/21 20
jun/21 45
Última atualização: 01/03/2021

Existem três fortes fatores altistas presentes no mercado de soja que podem influenciar no preço da oleaginosa nos próximos dias. Por outro lado, há apenas dois fatores baixistas no horizonte, confira:

 

FATORES DE ALTA

Atraso na colheita do Brasil, que mantém a demanda chinesa focada nos EUA e começa a focar também na Argentina em detrimento dos embarques brasileiros. Eleva as cotações em Chicago, mas reduz os prêmios de março no Brasil;

Condições climáticas piorando na Argentina: Relatório privado recebido diretamente daquele país nos dá conta de que as condições climáticas estão piorando rapidamente na área central da Argentina, que está enfrentando uma “seca relâmpago”. Alguns analistas acreditam que isso provavelmente significará 3-4 milhões de toneladas a menos de produção nesta safra.

Há muito pouco tampão na umidade do subsolo para compensar este evento seco e quente. Rosário está completamente seco há mais de três semanas (o calendário de soja agora é semelhante a 15 de agosto nos EUA). Desde 01 de fevereiro o registro é de apenas 32 mm, contra a média de 100-120 mm para o mês. Isso é extremamente abaixo do normal.

A soja está sofrendo, particularmente de Rosário para o sul. As temperaturas estão bem acima dos 32 oC e as previsões mantêm essa anomalia pelo menos até 12 de março. Isso deve apoiar a entrada do mercado na próxima semana;

Alta do dólar no Brasil: Contrariamente ao que alguns analistas pensavam, o dólar não só não caiu para R$ 4,85, como subiu para R$ 5,60 nesta sexta-feira. O dólar subiu 1,25% no dia, 4,09% na semana, 2,4% no mês e 8% no ano, até o momento, dando sustentação aos bons preços da soja.

 

FATORES DE BAIXA

Início da colheita e aumento da oferta, que poderão manter os preços sem subir mais, ou até cair levemente, porque em alguns estados, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, a produção deverá ser maior do que as expectativas iniciais.

Provável aumento de área nos EUA, que será um poderoso fator de baixa a médio e longo prazo para os preços.

Os futuros da soja na China negociados na bolsa de commodities de Dalian atingiram um nível recorde nesta segunda-feira, em meio a uma oferta apertada e com expectativas de alguns que produtores reduzem a área de soja em favor do milho devido aos lucros maiores.

O contrato mais ativos dos futuros da soja na bolsa de Dalian, para entrega em maio, chegou a subir 2,5%, para 6.058 iuanes (937,23 dólares) por tonelada no início das primeiras.

"A oferta (doméstica) de soja está apertada", destacou uma fonte da indústria familiarizada com o mercado de soja, que disse que o setor de consumo tem aceitado bem os preços maiores.

"Também há expectativa de que uma área de plantio de soja vá diminuir neste ano, uma vez que fazendeiros vão mudar da soja para o milho", disse essa fonte, falou que sob anonimato porque não tem permissão para conversar com a mídia.

Fazendeiros na região nordeste do país, que limpar tanto soja quanto milho, provavelmente plantarão mais milho no novo ano safra devido aos maiores lucros, uma vez que os preços do grão saltaram para níveis recordes, segundo analistas.

A China deve elevar sua área de plantio de milho em ao menos 667 mil hectares em 2021, disse o ministério de agricultura do país na semana passada.

Os futuros da soja também foram apoiados por preços mais altos de óleos de cozinha.

"Os preços do óleo de soja também subiram. Alguns estão dispostos a pagar um prêmio por óleo de soja não-transgênica e isso ajuda a apoiar os futuros da soja no mercado local também", disse Darin Friedrichs, analista da StoneX.

As taxas de soja à China em março devem ser limitadas devido ao atraso na colheita no Brasil, principal exportador, que tem ajudado a impulsionar os preços domésticos do grão na China.

A China não permite o plantio de soja transgênica e sua soja doméstica é usada principalmente no setor de alimentos para fazer tofu e leite de soja, enquanto indiferente de soja trazem grãos importados, quase todos geneticamente modificados, para esmagamento e uso no setor pecuário.

Ambos os grãos podem ser usados &8203;&8203;para fazer óleo de soja para cozinha, embora alguns consumidores na China tenham preferência por óleos não transgênicos.

A soja argentina está sendo mais competitiva do que a brasileira no mercado internacional, principalmente para a China. Nos mercados à vista, os compradores estatais chineses continuaram a favorecer o fornecimento da Argentina, verificando os preços para embarques de abril e maio, depois de terem feito pedidos de  dois carregamentos na semana anterior.

Os  níveis  negociáveis  para  remessa  de  maio  da Argentina  foram  fixados  em  148-152  c/bu  sobre  os futuros de maio na base  CFR  China,  e  5  c/bu  sobre os futuros de maio para a mesma remessa na base FOB (veja quadro BCR) . Para  os  grãos  brasileiros,  os  prêmios  em  dinheiro ficaram estáveis com base no destino para a China, com os embarques de abril e maio oferecidos a 152 c/bu e 155 c/bu sobre os futuros de maio, respectivamente. 

           
Preço soja referência (chicago ):$/MT 509,82   01/mar
           
Preço Brasil - esalq - Paranaguá: $/MT 502,86   01/mar
           
Preço Brasil - Paranaguá: $/MT 505,95   01/mar
PREÇO REFERÊNCIA FAS PARANAGUÁ NET.  Preço Brasil MI = R$ 170,00 por saca

Nesse cenário, o indicador CFR China para remessa em abril da opção mais barata estagnou em 148 c/bu sobre o futuro de maio, equivalente a $ 567,75/t, queda de $ 6,5/t em relação à avaliação anterior. Na origem, os prêmios FOB permaneceram estáveis em todos os três principais mercados. Os que estavam no mercado brasileiro de papel de Paranaguá  para  embarque em abril permaneceram inalterados em 8 c/bu em relação ao futuro de maio, equivalente a US$ 515,5/t. No norte, a mesma remessa do Golfo dos EUA foi avaliada em  81  c/bu  sobre  o  futuro  de  maio, que equivale a US$ 542,25/t.

Aos poucos, uma parcela maior das lavouras de soja vai entrando em fase de maturação, e a baixa umidade permite o avanço da colheita no Brasil. Assim, as atividades estão ganhando ritmo, segundo colaboradores do Cepea. A Conab estima que, até o dia 19 de fevereiro, 15,5% da área de soja nacional havia sido colhida. De acordo com informações do Cepea, a maior oferta já tem resultado em novas negociações da oleaginosa no mercado spot, mesmo que pontuais, uma vez que grande parte da produção esperada está comprometida via contratos a termo. Quanto aos preços, subiram nos últimos dias no mercado interno, influenciados pela firme demanda, pela baixa disponibilidade interna (visto que a colheita ainda está ganhando ritmo) e pelas valorizações externa e cambial.

O atraso na colheita brasileira de soja já reflete no maior lineup - navios em processo de embarques, mais os atracados e os já nominados para serem carregados com soja no país e estão em rota para chegar à costa - em 19 milhões de toneladas a serem embarcadas, como informa ao Notícias Agrícolas a Pátria Agronegócios. O volume tem de ser embarcado nos próximos 45 dias e chama atenção, justamante, por conta do ritmo ainda lento nos trabalhos de campo em importantes regiões produtoras do país. 

"E isso reflete, primeiro, o apetite muito agressivo mundial pela soja brasileira, focado principalmente no mercado asiático, e também toda essa falta de atividade de escoamento no interior do país para os portos de exportação, com navios vazios se acumulando. E agora que estamos conseguindo encher esses navios para sair do país", explica Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios. 

  soja US$ 5,6
       
  B3 (Bolsa)    
CONTRATO US$/sc R$/sc VAR
mai/21 30,75 172,20 -0,81%
   
Última atualização: 16:14 (01/03)  

Na última semana, o Brasil embarcou, aproximadamente, 2,6 milhões de toneladas da oleaginosa e a tendência é de que o ritmo vá se normalizando - a depender também das condições climáticas - dando mais rapidez e fluência a este escoamento. E se normalizando, o movimento poderia vir, inclusive, a promover uma recuperação dos prêmios no mercado nacional. 

"Os prêmios já estão se reestabelecendo, mas ainda estão subvalorizados e há uma capacidade muito forte de voltarem a se realçar com agressividade nessas próximas semanas. Como eu disse, temos a maior fila de embarques da história do Brasil, uma safra que é recorde pelo crescimento de área e não por uma produtividade saudável esse ano", diz Pereira. 

Dessa forma, o analista explica também que esses três pilares de formação para os preços da soja no mercado do Brasil têm tendência de alta, o que ainda reserva boas oportunidades de preços para o restante da safra 2020/21 a ser comercializada. Pereira reforça ainda que o segundo semestre será de acirrada disputa da pouca oferta entre as indústrias nacionais e mais a exportação. 

Segundo o último levantamento da Pátria Agronegócios, a colheita da soja está concluída em 23,43% da área, contra 42,57% do mesmo período do ano passado e dos 42,77% da média dos últimos anos. A estimativa da consultoria é de uma safra de 129,8 milhões de toneladas. 

"São números recheados de incertezas, cenários favoráveis aos preços, mas preocupantes para o produtor rural, que ainda está inapto a tirar essa soja do campo, principalmente nas regiões mais ao norte do Brasil. A preocupação está no campo, mas o alívio vem dessa tendência contínua de alta dos preços", conclui Pereira. 

INDICADOR DA SOJA ESALQ/BM&FBOVESPA - PARANAGUÁ
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
01/03/2021 168,96 0,90% 0,90% 30,18
26/02/2021 167,45 0,43% -0,51% 30
25/02/2021 166,74 0,54% -0,93% 30,28
24/02/2021 165,84 -0,07% -1,46% 30,52
23/02/2021 165,95 1,23% -1,40% 30,44

Apesar dos atrasos no plantio da soja no Brasil e das precipitações irregulares, principalmente nos primeiros meses do ciclo, os volumes mais significativos de chuvas registrados a partir de janeiro beneficiaram o desenvolvimento da oleaginosa, mesmo com preocupações sobre o clima afetando a colheita. Segundo avaliação de março da StoneX, o ciclo 2020/21 deve atingir produção de 133,5 milhões de toneladas, variação de 0,54% frente ao registrado no mês anterior.

De acordo com as informações divulgadas pela consultoria, no Rio Grande do Sul, é importante lembrar que o ciclo da oleaginosa começa na segunda metade de outubro, com janeiro e fevereiro sendo determinantes para o resultado final.

A analista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi ressalta que. mesmo com a irregularidade climática nos primeiros meses do ciclo da soja, as chuvas em janeiro e também em fevereiro permitiram a recuperação das lavouras em algumas áreas, principalmente do que foi plantado mais tarde, o que vai consolidando uma produção recorde, de 133,5 milhões de toneladas.

Mantendo-se as variáveis de demanda, os estoques finais da safra 2020/21 poderiam alcançar 3,84 milhões de toneladas, nível reduzido, mas consideravelmente superior à escassez observada no final do ciclo 2019/20.

 

SUGAR - AÇUCAR
 

May NY world sugar 11 (SBK21) on Monday closed down -0.24 (-1.46%), and May London white sugar 5 (SWK21) closed up +3.00 (+0.66%) at $458.10.

Sugar prices on Monday settled mixed. NY sugar retreated as a rally in the dollar index to a 3-week high Monday weighed on commodities priced in terms of dollars, including sugar.

Sugar prices are consolidating below last Tuesday&39;s contract and 3-3/4 year nearest-futures high. Concern about smaller global sugar supplies has fueled recent fund buying of sugar futures. Brazil reported last Monday that current shipping delays for its soybean exports might curb global sugar supplies because the queue of vessels waiting at Brazilian ports is so large that bottlenecks will likely continue until May when sugar is normally the biggest crop for export.

A positive for sugar was last Thursday&39;s forecast by the European Commission that EU 2021/22 sugar production will fall -12% y/y to 15.4 MMT.

Recent strength in crude oil prices has been supportive for sugar prices. Higher crude prices benefit ethanol prices and may prompt Brazil&39;s sugar mills to divert more cane crushing to ethanol production rather than sugar production, thus reducing sugar supplies.

Sugar also has support falling production in Thailand, the world&39;s second-largest sugar exporter. The Thailand Office of the Cane & Sugar Board reported Feb 16 that Thailand&39;s 2020/21 sugar production during Dec 10-Feb 12 fell -23% y/y to 5.5 MMT.

Signs of smaller sugar exports India are another positive factor for sugar prices. The Indian Sugar Mills Association (ISMA) said Feb 18 that India&39;s sugar mills have only contracted 2.5 MMT of sugar exports this year, below the government&39;s export target of 6 MMT on a shortage of shipping containers. Also, the All India Sugar Trade Association has projected India&39;s 2020/21 sugar exports may only total 4.3 MMT, down -25% 2019/20.

Ample sugar supply Brazil is a negative factor for sugar. Unica reported last Wednesday that Brazil&39;s Center-South sugar production Oct through mid-Feb was up +44% y/y to 38.217 MMT. The percentage of cane used for sugar rose to 46.20% in 2020/21 34.48% in 2019/20.

News of higher sugar production India, the world&39;s second-biggest sugar exporter, is also negative for sugar prices. The India Sugar Trade Association on Feb 11 forecast that 2020/21 India sugar production will increase +9% y/y to 29.9 MMT. Last Thursday, ISMA reported that India Oct-Feb 15 sugar production was already up +23% y/y to 20.9 MMT.

Sugar prices have underlying support solid sugar demand Asia. Sugar demand in Indonesia, the world&39;s top importer, is a bullish factor for sugar prices after Indonesia&39;s Trade Ministry on December 30 said it would allow sugar refiners to import 1.93 MMT of raw sugar in the first half of 2021. Also, Indonesia&39;s Sugar Refivers Association recently said that it expects Indonesia&39;s sugar imports to climb +10% y/y to a record 3.3 MMT in 2021 due to higher demand the food and beverage industry. In addition, robust sugar demand in China, the world&39;s second-largest sugar importer, is positive for prices after China&39;s General Administrations of Customs reported Feb 15 that China&39;s 2020 total sugar imports rose +55.5% y/y to 5.27 MMT.

Sugar prices have underlying support dry conditions in Brazil that may curb sugarcane yields and reduce Brazil&39;s sugar production. Maxar on Jan 27 said that "below-average precipitation is expected in the long term" in the Center South. Irregular rain in Brazil&39;s sugar-growing areas is keeping soil moisture levels below normal. The U.S. Climate Prediction Center said on Jan 14 that a La Nina weather pattern would likely last at least until March and possibly beyond, which could lead to prolonged excessive dryness in Brazil that cuts sugarcane yields.

O açúcar encerrou a sessão desta segunda-feira (1º) com queda expressiva na Bolsa de Nova York, mas saltou de forma moderada em Londres. A pressão acompanhou a movimentação do dólar, além de sequência dos fatores fundamentais da última semana.

O principal vencimento do açúcar bruto em Nova York caiu 1,46%, cotado a US$ 16,21 c/lb, com US$ 16,70 de máxima e mínima de US$ 16,17 c/lb. Já em Londres, o tipo branco finalizou o dia com alta de 0,66%, a US$ 458,10 a tonelada.

"O açúcar de NY está um pouco mais baixo, já que uma alta do índice do dólar para máximas de três semanas hoje pesa sobre as commodities precificadas em dólar, incluindo o açúcar", disse em nota de mercado a consultoria de mercado Barchart.

O adoçante também acompanhou na sessão as perdas de mais de 1% do petróleo WTI e Brent, apesar de ambos se manterem acima dos US$ 60 o barril, com temores relacionados com a demanda chinesa aumento da oferta global pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Por outro lado, Londres testou na sessão movimento de ajuste de posições ante a sessão da última sexta-feira. Além disso, operadores monitoram a preocupação com a oferta global na nova safra e os gargalos logísticos na Índia.

“A escassez de contêineres está limitando as nossas exportações”, disse para a Reuters Prakash Naiknavare, diretor-gerente da Federação Nacional de Fábricas de Açúcar Cooperativas Ltd. “Assinamos contratos de exportação de cerca de 3 milhões de t, mas conseguimos embarcar apenas cerca de 1 milhão de t”.

Já a consultoria australiana Green Pool Commodity Specialist estimou na última semana que o mercado do açúcar na temporada 2021/22 pode ter um superávit global de 4,1 milhões de toneladas, o maior em quatro anos.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL ESALQ/BVMF - SANTOS
  VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$  
01/03/2021 110,95 1,55% 1,55% 19,82  
26/02/2021 109,26 -0,55% 0,61% 19,58  
25/02/2021 109,86 -0,58% 1,16% 19,95  
24/02/2021 110,5 0,88% 1,75% 20,34  
23/02/2021 109,54 0,38% 0,87% 20,09  
Nota: Reais por saca de 50 kg, com ICMS (7%) .      
  media R$ 110,02      
  valor saco $ 19,65      
  valor ton $ 392,94  porto santos - FAS - icmusa 130 - 180
                          com 7% icms    

O mercado futuro de NY encerrou o pregão de sexta-feira com a expiração do contrato março e a entrega de quase 900,000 toneladas exatamente para quem o mercado já esperava (Wilmar). A entrega física de açúcar contra o vencimento do contrato de março na ICE atingiu 17.582 lotes, ou 893.216 toneladas, com portos de recebimento incluindo Brasil, Índia, México e países da América Central, informou a bolsa nesta segunda-feira.

Causou estranheza que entre os entregadores estivesse a AKS (Al Khaleej Sugar), a refinaria de Dubai, mas traders experientes do mercado acreditam que é apenas uma operação de swap de origem com o recebedor final, mas sabe como é o mercado...

Na semana, o açúcar caiu 44 pontos em relação à semana passada. O vencimento maio/21, que agora é o primeiro, encerrou a 16.45 centavos de dólar por libra-peso. A pergunta que todos fazem é se existe espaço para o açúcar subir mais ou se já vimos a alta do mercado.

Entendo que o mercado exagerou na alta e as razões se fundamentam na contração da economia mundial, na diminuição contínua do consumo que crescia 2.2% há 20 anos e antes da pandemia mostrava 0.46%, no equilíbrio da oferta e demanda mundial que hoje mostra um superávit de pelo menos 3 milhões de toneladas de açúcar dependendo da fonte consultada, além do Brasil ter exportado um adicional de mais de 12 milhões de toneladas nos últimos doze meses. Mas existe sim, uma preocupação que está fora do círculo oferta e demanda, mas que pode impactar preços.

80% das exportações brasileiras de açúcar para a safra 21/22, que ainda nem começou a ser produzida, já estão fixadas. Esse é um recorde histórico.

Existem quatro alternativas básicas para as usinas fixarem seus açúcares de exportação:

  a) as que fazem o hedge de venda de açúcar na bolsa de NY na própria conta de futuros que mantem junto a uma corretora;

   b) as que fazem o hedge utilizando suas linhas de crédito junto aos bancos com quem possuem relação comercial;

   c) as que fazem o hedge na conta de futuros das tradings, desde que exista um contrato comercial que suporte isso;

   d) as que utilizam provedores de operações de balcão, sujeitas a um limite preestabelecido de crédito.

As alternativas usadas pelas usinas não são excludentes, isto é, há empresas que se utilizam das quatro alternativas. Aquelas que possuem sólida situação financeira e uma gestão de risco adequada concentram-se mormente nas alternativas a) e b) e vão transferindo os contratos futuros vendidos para os compradores (as tradings) para fixar o preço final do contrato comercial entre elas à medida que o prazo acertado permite. Por exemplo, as tradings aceitam receber das usinas os lotes vendidos no mercado futuro com antecedência que pode variar de uma quinzena até dois anos do período de embarque, dependendo da saúde financeira da usina.

Muitas usinas - seja por praticidade ou submissão a um fluxo de caixa restrito - preferem usar as alternativas b), c) e e) combinadas. A funcionalidade é a mesma com a vantagem que se livram do inconveniente de eventuais chamadas de margem que podem afetar o fluxo de caixa. Usar a conta da trading, em mercados com grande oscilação, podem trazer uma vantagem de 10-20 pontos por ano para a usina se computarmos o custo financeiro sobre o ajuste diário e despesas com corretagem. Esse cálculo foi feito usando a simulação de Monte Carlo.

Para se ter uma ideia do estresse que uma chamada de margem pode provocar, considerando o percentual de fixação acima informado (80%) cobrindo um período médio de 6 meses (vamos assumir que a empresa vai embarcar 25% da exportação em cada tela) e com uma volatilidade de 30%, seria recomendado que a empresa tivesse um colchão e/ou limite de crédito junto aos bancos e instituições financeiras de US$ 120 por tonelada para suportar um eventual estresse do mercado., o que é muito dinheiro.

Além das quatro alternativas básicas apontadas acima existe também uma infinidade de operações e estruturas que podem ser executadas dependendo do apetite ao risco de cada empresa. O fence é a mais simples, que consiste na compra de uma put (opção de venda) e a venda de uma call (opção de compra) ambas fora-do-dinheiro, em que a empresa protege um valor mínimo de rentabilidade (se o mercado cai) em troca de um valor máximo (caso o mercado suba). As menos indicadas são as operações chamadas de acumuladores, cujas razões já foram abordadas aqui em várias oportunidades. Mas, para aqueles que gostam, divirtam-se.

Retornando ao ponto inicial que é a minha preocupação. Os açúcares fixados para a safra 21/22 estão em média precificados a 13.13 centavos de dólar por libra-peso enquanto a média de fechamento na semana, usando o critério citado acima, é de 15.92 centavos de dólar por libra-peso.

Portanto, esse enorme volume de açúcar ainda nem produzido e - obviamente - nem embarcado está gerando uma chamada de margem estimada de US$ 1.2 bilhão.

Chamada de margem não é prejuízo, mas ela suga o caixa da empresa e impede o fluxo normal dos negócios forçando a redução de volume. Em tese, o lucro de uma trading que não possui posição direcional vai depender da diferença entre o basis comprado e o basis vendido, para simplificar o entendimento. No entanto, em mercados que oscilam muito, a trading que apenas intermedeia, está sujeita a que o vendedor não entregue o produto quando o mercado está bem acima do preço que ele fixou ou que o comprador não queira receber um produto quando o mercado está bem abaixo do preço que ele fixou. E aí, o risco é de crédito e de performance.

Estamos vivendo essa situação hoje na soja em que produtores que fixaram soja a R$ 70 a saca não vão entregar com o mercado a R$ 140. Não temos nenhum indício de que isso possa ocorrer com o açúcar. Estamos apenas discutindo o conceito de risco.

Na hipótese de uma ruptura no mercado por qualquer evento fortuito os hedgers (usinas, tradings, bancos entre outros participantes) podem ser forçados a sair da posição ou usar estratégias (compra de call para diminuir o delta da posição) que acabam realimentando a alta do mercado. Eventos de cauda (de pouca probabilidade) ocorrem e precisamos ficar atento a eles.

Em resumo: entendo que o mercado tem espaço para acomodação (baixa) devido aos fundamentos, mas não podemos descartar o impacto que o volume de dinheiro transferido para os ajustes diários pode causar se alguém começar a sangrar.

As exportações de açúcar da Índia podem cair 12% em 2020/21 (outubro-setembro), para 5 milhões de toneladas, segundo fontes da indústria ouvidas pela agência Reuters. A situação acompanha uma escassez de contêineres que impacta o comércio e pode fazer com que o país seja impactado no principal período de embarques.

“A escassez de contêineres está limitando as nossas exportações”, disse Prakash Naiknavare, diretor-gerente da Federação Nacional de Fábricas de Açúcar Cooperativas Ltd. “Assinamos contratos de exportação de cerca de 3 milhões de t, mas conseguimos embarcar apenas cerca de 1 milhão de t”.

A escassez de contêineres no país ocorre desde novembro do ano passado, à medida que suas importações caíram devido à pandemia do coronavírus e tensões geopolíticas. Alguns exportadores de commodities estão conseguindo contêineres apenas com altos custos, mas não encontram espaços em navios.

As expectativas de menor exportação do segundo maior produtor de açúcar do mundo, apenas atrás do Brasil, podem abrir espaço para que o rival sul-americano eleve seus embarques ao longo do segundo semestre do ano. Apesar disso, há algumas preocupações no Brasil relacionadas com impactos do atraso na soja.

As exportações de açúcar pela Índia na temporada anterior totalizaram 5,7 milhões de t. Além disso, a nova projeção para este ano, fica bem abaixo do que a previsão do governo de embarques de 6 milhões de t no ano corrente, com subsídio de 5.833 rúpias (US$ 80,55) por tonelada para os embarques.

Os impactos logísticos na Índia devem durar todo o primeiro semestre do ano, quando tradicionalmente a Índia exporta a maior parte de sua produção de açúcar. Após isso, as chuvas de monções complicam os envios pelo país.

O preço FOB do açúcar branco indiano está sendo vendido entre US$ 400 e US$ 415/t, abaixo dos preços futuros em Londres. O tipo branco era ofertado em cerca de US$ 400.

A Índia exportou cerca de 300 mil t de açúcar no mês de janeiro, principalmente para o Afeganistão, países africanos, Indonésia e Sri Lanka, sobre mais de 700 mil t no mesmo mês do ano anterior, segundo estimam os comerciantes consultados pela Reuters.

 

 


 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

Comentários