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Consumo Racional na Pandemia

Publicado em 22/09/2020 Editoria: Economia Comente!


Consumo mais racional e consciente como conseqüência da pandemia Não é de agora que se fala em consumir moderadamente, comprar somente o que se precisa, seja por questão ambiental e social, mas principalmente por questão financeira. No entanto, a verdade é que as pessoas nunca deram muita importância para essas dicas fundamentais para se alcançar um orçamento familiar equilibrado. Quem tem muito, não se preocupa e quem tem pouco, acha que é impossível organizar as finanças com o que mal permite o sustento da família. Contudo, nesses últimos meses percebemos que as pessoas passaram a se preocupar mais com a organização financeira familiar e com a tão desejada reserva emergencial.

Quando a pandemia começou, não fazíamos idéia do impacto que ela faria em nossas vidas e em nossas decisões de consumo. Mas com a perda ou redução da renda familiar, muitos tiveram que rever seus gastos e começar de fato a colocar em ordem, toda aquela bagunça orçamentária que nunca fechava no final do mês. Segundo uma pesquisa realizada em maio pela Fundação Getúlio Vargas, através do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, 63,93% dos participantes informaram que tiveram seus ganhos reduzidos por conta da pandemia.

Por outro lado, com mais tempo em casa, foi possível rever os custos, encontrar o gargalo da conta vermelha e encarar a dura realidade de saber ou pelo menos aprender a organizar suas finanças e com isso cortar ou repensar alguns gastos.

Muitas famílias perceberam que gastam muito com supérfluo ou despesas que podem ser substituídas ou reduzidas e de certa forma, já deram a largada para uma vida financeira mais consciente com decisões mais racionais sobre consumo. A educação financeira pessoal e familiar passou a ser não só necessária, mas fundamental para reencontrar o caminho do equilíbrio, pois todo o conteúdo de aprendizado está facilmente disponível à população, e causa impacto positivo para todos com pequenas mudanças do cotidiano.

Mensurar a renda, identificar as despesas, apontar os possíveis caminhos a seguir para a mudança consciente do consumo familiar e perceber a importância de uma reserva de emergência, são apenas alguns dos pilares da Educação Financeira que foram amplamente acionados na maioria das pessoas durante os meses iniciais desta pandemia e agora é o momento de aproveitar este insight e continuar esta trajetória de reorganização das finanças.

O percurso é longo e árduo, mas a Educação Financeira certamente é o melhor caminho a se fazer para passar pelos meses que ainda serão incertos, pelas conseqüências que ainda causarão impacto na sociedade, mas acima de tudo, preparar o terreno para o futuro. Afinal de contas, as crises são cíclicas e devastadoras, mas as finanças pessoais podem ser a vacina que irá nos blindar para as crises futuras.

21/09/2020.

Priscilla Dutra Gallo

Economista pela Universidade Federal de Santa Catarina

Multiplicadora Financeira

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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