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Dias das mães: superação como sinônimo de amor

Publicado em 11/05/2018 Editoria: Geral Comente!


Aproveitando para falar em força e amor de mãe, agradeço a minha mãe que largou casa, emprego, tudo, para nos ajudar, Juliê Rebellatto Cezar / Foto: Josi Di Domenico

Aproveitando para falar em força e amor de mãe, agradeço a minha mãe que largou casa, emprego, tudo, para nos ajudar, Juliê Rebellatto Cezar / Foto: Josi Di Domenico

O mês das mães é marcado por comemorações e homenagens àquelas que dedicam a vida ao cuidado e ao amor incondicional pelos filhos.  A forma de homenageá-las sempre pode parecer pouca, tamanho o carinho com que cuidam de seus pequenos ou já grandões.

Pensando nisso, a Revista Vida Mais foi em busca do relato de uma mãe que tivesse uma história de amor e superação para contar e que, desta forma, homenageasse a todas as mães, sejam de primeira viagem ou não, sejam de coração ou de sangue, sejam as que trabalham fora ou se dedicam ao lar, enfim... que sejam, simplesmente, Mães! A história da mamãe Juliê Rebellatto Cezar, que teve o seu pequeno Joaquim no Hospital Unimed Chapecó, no dia 25 de novembro de 2017, é um resumo do que o amor de mãe pode superar e como a maternidade e a fé andam juntas.

Acompanhe o relato de Juliê:

"Entrei em trabalho de parto com 26 semanas de gestação. Fiquei uma semana internada tentando cessar as contrações com medicação intravenosa mas no dia em que completei 27 semanas, a bolsa estourou e poucas horas depois Joaquim nasceu, pesando 1 kg, de parto normal, pois não deu tempo de chegar anestesista para fazermos cesariana (Deus colocando a mão sobre nossas vidas, pois Ele sabia que o parto normal seria melhor para nós naquele momento).

Foi tudo muito rápido, não sabíamos o que poderia acontecer durante o parto de um bebê tão pequeno. Graças a Deus, minha obstetra, Dra. Tayanna Nazario, tomou as decisões certas, desde a minha internação na semana anterior, como optar pelo parto normal naquele momento. A equipe da UTI Neo já estava toda preparada esperando a chegada do Joaquim. Dias depois, soube que já havia um leito reservado para ele desde o momento em que dei entrada na minha internação. Fiquei impressionada ao ver como as coisas funcionam dentro do hospital, como a equipe está preparada para esse tipo de situação que é tão delicada. 

Como um anjo em nosso caminho, Dra. Maria de Fatima estava naquele plantão em que Joaquim nasceu. Queríamos muito que ela fosse a pediatra que acompanhasse o nascimento e como foi tudo de emergência, não tivemos a opção de escolha, mas Deus a colocou lá naquele dia e naquela hora. 

A partir disso, foram dias de muita esperança de ver meu filho crescer e se desenvolver com saúde, ansiedade de pegar ele no colo, cansaço pelas várias idas diárias ao hospital para vê-lo e para tirar leite. E, falando nisso, não posso deixar de citar os momentos de ordenha. Quantas horas passamos naquela sala. Lá desabafamos, fazemos amizades com outras mães que estão na mesma situação e também com a enfermeira responsável pela ordenha que sempre foi muito atenciosa, profissional e nossa "psicóloga" em muitos momentos. Eterna gratidão à Elizete!

O tempo foi passando e Joaquim não teve intercorrências graves, foi ganhando peso e após 46 dias de UTI, foi transferido para o berçário onde ficou mais 7 dias e então chegou o momento tão esperado em que ele iria para o quarto comigo e começaríamos a amamentação. Foram 12 dias em que a pediatra, fonoaudióloga e equipe de enfermeiras se empenharam para nos ajudar nesse momento tão esperado. É meu segundo filho e da primeira vez, tive uma experiência maravilhosa com a amamentação e queria muito que se repetisse com Joaquim, por saber da importância do aleitamento materno. Foi trabalhoso, difícil, mas com o empenho de todos, saímos do hospital no dia 29/01/2018 com Joaquim mamando no seio, pesando 2.090 kg. Um grande presente e um grande alívio. 

Essa foi uma experiência única na minha vida e na vida da minha família. Aprendemos e nos fortalecemos muito com tudo que aconteceu. 

Desabei em muitos momentos, mas precisei ser forte para dar forças ao Joaquim e ao João que estava em casa esperando dia após dia a chegada do irmão. E aproveitando para falar em força e amor de mãe, agradeço a minha mãe que largou casa, emprego, tudo, para nos ajudar nessa fase muito difícil. Existe amor maior que o de mãe pelos seus filhos? Eu desconheço. 

Minha mensagem para as outras mães de UTI é que, em primeiro lugar, tenham fé, ela realmente move montanhas, para Deus nada é impossível.

De joelhos ao lado da incubadora podemos fazer milagres pelos nossos pequenos guerreiros. Procure ajuda psicológica se necessário, fale com outras pessoas que já passaram pela mesma situação e saiba que não é preciso ser forte em todos os momentos, chorar e desabar faz parte do processo. Tenha uma relação de confiança com a equipe do hospital. As médicas, enfermeiras e técnicas têm experiência, vão poder tirar todas as dúvidas e diminuir a insegurança que toma conta muitas vezes. E paciência. O tempo vai passar, nunca depressa dentro de um hospital, mas é importante comemorar as vitórias dia-a-dia e bons momentos sempre estão por vir."

 

› FONTE: Floripa News (www.floripanews.com.br)

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