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Morre em Chapecó o radialista Casemiro Roberto, a "voz do oeste"

Publicado em 22/12/2017 Editoria: Esportes Comente!


O radialista chapecoense Casemiro Serafim Roberto Vieira faleceu na tarde de quinta-feira (21), em sua residência, em Chapecó. O corpo será velado na Funerária Dal Bosco.O sepultamento está previsto para esta sexta-feira (22).

Natural de Joinville, onde nasceu em 29 de maio de 1948, Casemiro tinha 69 anos de idade. Divorciado do primeiro casamento, era pai três filhos: Luiz Adriano, Casemiro Vieira e Natalia Roberti Vieira. Do segundo casamento Casemiro era também pai de duas filhas: Melissa Roberta Vieira e Rafaela Roberta Vieira.

Dono da voz mais famosa do grande oeste barriga-verde, o radialista foi homenageado pela ACI em 2011, nas festividades dos 180 anos da imprensa barriga-verde.

Conhecido profissionalmente como Casemiro Roberto, o comunicador tinha mais de meio século de profissão e perseverava na atividade. Nascido de uma família humilde, filho de pescador e com cinco irmãos, aos seis anos de idade já havia descoberto sua paixão pelo rádio. "Eu ouvia a rádio Cultura da cidade de Joinville. Um dia fui conhecê-la, por acaso, e a partir daí não tive dúvidas: seria um radialista. Dias depois, montei em minha própria casa, em um dos cômodos, uma pequena "emissora de rádio", a qual todos os dias brincava, narrando fatos e experiências que escutava na vizinhança".

Com 14 anos, seu irmão mais velho, ao saber do sonho do caçula, teve uma ideia: construí-lhe uma caixa de engraxate. "Depois que meu irmão me fez a caixa, todos os sábados eu ficava na entrada da emissora Cultura, esperava o dono, e engraxava seus sapatos. Assim, depois de muita conversa e insistência ele me convidou para trabalhar com ele na emissora", relembrava Casemiro quando questionado sobre os primeiros passos de sua carreira.

Depois disso, Casemiro trabalhou em mais de 17 emissoras de rádio. A primeira foi a rádio Colon em Joinville.  Em sua carreira, passou por diversas etapas, de operador de som até as narrativas de noticiários. Colecionador de histórias, dizia que apreendeu muito durante esses 50 anos de rádio. "Tudo que sei vem de dentro de uma cabine de rádio. Meus professores eram meus colegas de profissão", comentava.

Todas essas histórias e vivências radiofônicas lhe renderam outras premiações. Em 2007 ganhou o prêmio Microfone de Ouro da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão de Santa Catarina (ACAERT), e o título de melhor comentarista de notícias pela Assembleia Legislativa. Também foi homenageado pela Câmara Municipal de Vereadores de Chapecó.

Com sua voz marcante, Casemiro continuava na profissão. Narrando histórias e notícias na Rádio Chapecó, a qual se dizia apaixonado. "Estou aqui desde 1977 e pretendo ficar por aqui. Não me arrependo de nada do que fiz. Faria tudo de novo, pois nasci para ser radialista, é disso que vivo e é disso que gosto", finalizava emocionado.

› FONTE: Marcos A. Bedin

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