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Força-tarefa “limpa cracolândia” entre São José e Florianópolis

Publicado em 16/08/2017 Editoria: Geral Comente!


Fotos: Jeferson Regis - Secom/PMSJ e MPSC

Fotos: Jeferson Regis - Secom/PMSJ e MPSC

A força-tarefa ampliada do Grupo Permanente em Defesa das Pessoas em Situação de Rua vistoriou, na manhã dessa terça-feira (15), a área conhecida como "cracolândia", localizada entre Florianópolis e São José. A operação, conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) teve a parceria das prefeituras de São José e Florianópolis.

A ação na região do viaduto da Avenida Josué Di Bernardi, que dá acesso aos dois municípios começou às 8 horas da manhã e seguiu durante a tarde.

De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura de São José, um dos objetivos da força-tarefa foi remover o lixo acumulado que os moradores em situação de rua recolhem pela região e depositam no rio e nas vias no entorno do viaduto da Josué Di Bernardi. No total, os caminhões da Secretaria de Infraestrutura removeram cerca de 15 toneladas de entulho.

Foram retirados materiais como roupas, sapatos, móveis, entulhos, ferros e realizada uma limpeza geral na região. Equipes com, máquina, caminhão e tapa buracos também estiveram presentes. Por meio da assessoria, a Autarquia Comcap informou que foram recolhidas 23 toneladas de resíduos na ação de ontem.

O secretário de Infraestrutura de São José, Milton Bley Júnior, ressaltou que as equipes do órgão realizam manutenção e limpeza na região de Campinas todas as sextas-feiras. "Embora o nosso trabalho seja rotineiro, não damos conta de manter aquela área limpa porque os moradores de rua trazem lixo 24 horas por dia", explica Milton.

Outro foco da ação foi a abordagem de moradores em situação de rua e de dependentes químicos. O Instituto Geral de Perícias (IGP), por exemplo, realizou trabalho de coleta de digitais e fotografou todos os abordados para incluir os dados no Sistema Integrado de Segurança Pública de Santa Catarina. De acordo com o MPSC, foram abordadas 10 pessoas em situação de rua.

Para a secretária de Segurança, Defesa Social e Trânsito de São José, Andréa Pacheco, a segurança não se restringe somente às ações repressivas e preventivas criminais. "Limpeza, iluminação e sinalização das ruas trazem segurança ao cidadão, o que reflete na segurança pública", salienta Andréa Pacheco.

Segundo informações do MPSC, as pessoas abordadas durante a ação foram orientadas a irem para albergues e para o Centro de Referência e Atendimento à População de Rua (Centro POP). Nenhuma delas quis auxílio para sair do vício - todas são viciadas em crack. Também foram colhidas as digitais das pessoas para confecção de documentos de identidade - o que é uma iniciativa para identificar pessoas com registro de desaparecimento ou com mandado de prisão em aberto.

Os representantes da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC) estudaram o local para formatarem um projeto de revitalização do espaço. A ideia é lacrar os espaços que hoje são utilizados pelos usuários de drogas.

O balanço completo da ação dessa terça-feira será concluído na próxima semana. As pessoas em situação de rua  que se recusaram a fazer tratamento serão avaliadas por médicos e assistentes sociais. Dependendo do resultado dos exames, o Promotor de Justiça Daniel Paladino não descarta a possibilidade de pedir a internação compulsória dessas pessoas.

"Não podemos obrigar as pessoas a se tratarem, mas dependendo da avaliação dos profissionais de saúde podemos pedir a internação compulsória por uma questão de saúde pública e de resgate da cidadania", explicou Paladino.

A força-tarefa foi composta pelo Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Promotor de Justiça João Alexandre Massulini Acosta , e representantes das Polícias Militar e Civil e da Guarda Municipal de São José e Florianópolis, Conselho de Segurança do Centro da Capital e de Coqueiros (CONSEGs), Polícia Rodoviária Federal (PRF), CDL, COMCAP, Secretaria de Assistência Social de Florianópolis, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC), Floram, entre outras entidades parceiras.

› FONTE: Assessoria de Comunicação da PMSJ e Coordenação de Comunicação Social do MPSC

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