Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a osteoporose acomete, por ano, cerca de 10 milhões de brasileiros e é considerada a epidemia silenciosa do século. Definida como a doença que atinge os ossos, quando se fala em osteoporose, logo faz-se relação com outra patologia: o reumatismo. Porém, conforme explica o médico reumatologista, Dr. Rafael Barbieri, o termo "reumatismo" é utilizado por leigos para definir enfermidades que prejudicam as articulações, músculos tendões e ossos e representa, aproximadamente, 200 doenças, entre elas, a osteoporose.
A doença caracteriza-se pela perda de massa óssea de forma silenciosa, ou seja, sem sintomas, o que facilita a ocorrência de fraturas. Entre as causas da osteoporose estão a deficiência hormonal pós-menopausa, baixa ingestão de cálcio, déficit de vitamina D por baixa exposição solar, tabagismo, entre outros. Em relação ao reumatismo, são inúmeras as causas, desde a mutação genética até lesões por esforço repetitivo que se manifestam como tendinite e bursite.
Dr. Barbieri explica que qualquer faixa etária possui o risco de sofrer enfermidades reumatológicas. Já a osteoporose tem maior incidência no sexo feminino no período pós menopausa, portanto, após os 50 anos em média. "A osteoporose não apresenta sintomas até causar fraturas, por isso, é dita silenciosa na maior parte de sua história natural. No caso das doenças reumatológicas, a principal característica, de forma geral é a dor, seja na articulação, músculos, tendões. Porém também pode se manifestar por meio de lesões cutâneas e renais", salienta o médico.
Com relação ao tratamento, o especialista afirma que, por se tratarem de inúmeras doenças com mecanismos próprios, o tratamento é individualizado, utilizando-se analgésicos, anti-inflamatórios, reposição de cálcio e vitamina D, sempre orientado e acompanhado por profissional reumatologista.
Hábitos e prevenção
Como na maioria das doenças, a prática de atividade física orientada e ajustada para cada faixa etária aliada à alimentação balanceada e exposição solar diária ajudam no combate às doenças que afetam as articulações, músculos, tendões e ossos. "Além disso, não realizar movimentos de repetição por períodos prolongados e utilizar, principalmente no caso dos idosos, os corrimãos das escadas, evitar o uso de tapetes escorregadios para não ocasionar quedas e procurar um reumatologista no início dos sintomas são recomendações para prevenir e tratar doenças reumatológicas", completa Dr. Barbieri.
Doenças Reumatológicas
No que diz respeito às doenças reumatológicas, popularmente conhecidas pelo termo genérico de "reumatismo", acometem não só as articulações, mas qualquer parte do organismo (músculos, ligamentos, rim, pele, cérebro, etc). De acordo com o médico reumatologista e cooperado da Unimed Chapecó, Dr. Glênio Marchezan Gutjahr, existem mais de uma centena de doenças reumatógicas, que podem acometer crianças, adultos e idosos. De acordo com o médico, os tipos mais frequentes são:
Segundo Dr. Gutjahr, existem ainda, muitas outras doenças tratadas pelo médico reumatologista, como Esclerodermia, Espondilite Anquilosante, Artrite Psoriática (em pessoas com uma doença de pele chamada psoríase), Síndrome do Túnel do Carpo, Epicondilites, Burdites, Tendinites, etc.
"Para o tratamento das doenças reumatológicas, usam-se medicamentos orais, subcutâneos e endovenosos, além de fisioterapia, na qual o reforço muscular é o principal objetivo a ser alcançado na maioria das doenças, e infiltrações com injeção de corticóide diretamente no local inflamado, reduzindo a inflamação e aliviando a dor", explica o especialista.
Verão sem lesões
A prática de exercícios com grande intensidade é comum no fim do inverno para recuperar os quilinhos a mais adquiridos no período mais frio do ano. A busca por resultados imediatos pode trazer consequências à saúde como distensões, edema e dor nos músculos, dor nas articulações devido a encurtamento muscular-tendinoso.
O alerta é do médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann. Segundo ele, as articulações mais atingidas, nesses casos, são a coluna vertebral, joelhos, os ombros e cotovelos. As pessoas devem reiniciar a prática de exercícios de maneira progressiva, de acordo com sua idade, peso e condições gerais de saúde. "Após os 40 anos, sempre deve ser feita uma avaliação médica prévia devido ao risco de comprometimento do sistema cardiorrespiratório", orienta.
Outra recomendação é que as atividades físicas sejam praticadas pelo menos uma hora, três vezes por semana. "Não é necessário mais de uma hora por sessão para manter-se em forma", assegura o médico.
Além disso, é fundamental que a pessoa esteja atenta para a alimentação. "A dieta deve ser balanceada, pois precisamos nutrir ossos, músculos e tendões. A ausência de cálcio nos ossos pode provocar osteoporose, já os músculos necessitam de aminoácidos e proteínas."
Reichmann enfatiza que a orientação segura de um profissional é de fundamental importância, pois exercícios mal-conduzidos podem causar problemas nas pernas: se os músculos ísquiotibiais (posterior das coxas e pernas) forem só fortalecidos e não alongados, os joelhos poderão sofrer sobrecarga na parte anterior porque necessitam vencer a resistência dos músculos posteriores fortes e encurtados.
A realização de aquecimento de 5 a 10 minutos antes do início da atividade física, junto com exercícios de alongamentos é outra orientação importante. Deve-se alongar e aquecer os principais grupos musculares dos membros inferiores, coluna vertebral e membros superiores.
Se a pessoa sentir dores nas articulações e, mesmo assim, continuar insistindo na prática das atividades, poderá sofrer problemas mais sérios, como danos nas cartilagens articulares e sinovites (inflamação da membrana sinovial). Poderá sofrer tendinites e rupturas tendinosas e musculares – tendão patelar e tendão de Aquiles, principalmente.
› FONTE: MB Comunicação Empresarial/Organizacional