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Sul do Brasil registra 158 crianças hospitalizadas por intoxicação

Publicado em 29/10/2013 Editoria: Saúde Comente!


Apenas entre janeiro e agosto deste ano, 2243 crianças e adolescentes de até 14 anos foram hospitalizados em consequência de intoxicações e envenenamentos no Brasil.

A região Norte do país foi a que mais apresentou casos: 773 (34,43%), segundo informações retiradas do Datasus, banco de dados do Sistema Único de Saúde. Em seguida, ficou a região Sudeste, com 732 (32,63%) registros. No Nordeste, foram 385 casos (17,16%) e no Centro-Oeste, 195 (8,69%).  A região Sul registrou hospitalizações por envenenamento no período: 158 (7,04%).

O item responsável por mais de 90% desse número de hospitalizações no Norte é o contato com animais e plantas venenosos, sendo mais da metade dos casos registrados no Pará. Considerando o total do Brasil, esta causa de intoxicação representa 74% dos casos. Os outros 26% são causados por exposição a substâncias nocivas.

Apenas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal os registros de intoxicação por substâncias nocivas é maior do que por animais e plantas venenosos.

As serpentes e lagartos venenosos estão no topo da lista no número geral de intoxicações e envenenamentos, sendo atrelados a 857 hospitalizações. Em seguida, estão os escorpiões, com 272 internações. No quesito substâncias nocivas, os medicamentos foram os maiores vilões, responsáveis por 178 casos.

Em relação ao número de mortes, os dados mais atualizados do Datasus são de 2011, quando 71 crianças de até 14 anos morreram em decorrência das intoxicações. Neste item, a região mais afetada foi a Sudeste, com 23 fatalidades, sendo 16 delas apenas em Minas Gerais, Estado que mais apresentou mortes em todo Brasil por este fator. Na região Nordeste, foram 22 fatalidades, no Norte 18, no Centro-Oeste 5 e no Sul 3.

Os itens mais mortais: escorpiões, com 24 casos, pesticidas (10) e serpentes e largartos (9).

No item faixa etária, a população entre 10 e 14 anos foi a mais afetada, com 805 hospitalizações entre janeiro e agosto de 2013. Já em mortes, as crianças de 1 a 4 anos representaram 56% ou 40 fatalidades no ano de 2011.

Os meninos representaram 60% dos casos de hospitalização por envenenamento no Brasil, ou 1362 registros, nos oito primeiros meses do ano. Em relação às fatalidades em 2011, quase não existe diferença: foram 36 mortes de meninas e 35 de meninos.

A notificação pelos postos de saúde de hospitalizações por envenenamento é obrigatória por lei, o que ajuda no controle e prevenção dos riscos.

Como Prevenir

A CRIANÇA SEGURA começa em outubro uma campanha com diversas dicas sobre como evitar os riscos que podem levar crianças e adolescentes à intoxicação. Divulgamos nas nossas redes sociais e no site as principais formas de prevenção do problema:

- Guarde todos os produtos de higiene e limpeza, venenos e medicamentos trancados, fora da vista e do alcance dos pequenos;

- Saiba quais plantas dentro e ao redor de sua casa são venenosas, remova-as ou deixe-as inacessíveis para as crianças;

- Nunca se refira a um medicamento como doce.

O que fazer se acontecer?

Mantenha telefones de emergência (SAMU: 192 e Corpo de Bombeiros: 193) próximos aos aparelhos de telefone de sua casa. Para casos de intoxicação, existe o número do Disque-Intoxicação: 0800-722-6001. A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), presente em 19 estados.

Também é possível ligar para o Centro de Assistência Toxicológica da sua cidade (Ceatox). Pesquise o número da sua região. Na capital paulista, o telefone é: 0800-0148110.

Ao ligar, tente fornecer as seguintes informações: idade e peso do paciente, como foi o contato com o produto, há quanto tempo foi a exposição, os sintomas, informações sobre o produto (tenha a embalagem em mãos) e um número de telefone para contato.

Além disso, um dos lembretes mais importantes, segundo o Dr. Anthony Wong, pediatra e toxicologista do Ceatox Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é não provocar vômito ou dar leite para a criança que ingeriu alguma substância nociva. “Isso pode piorar a situação e aumentar a gravidade do problema”, explica.

A CRIANÇA SEGURA

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público dedicada à prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. A organização atua no Brasil desde 2001 e faz parte da rede internacional Safe Kids Worldwide, fundada em 1987, nos Estados Unidos, pelo cirurgião pediatra Martin Eichelberger.

Para cumprir sua missão, desenvolve ações de Políticas Públicas – incentivo ao debate e participação nas discussões sobre leis ligadas à criança, com objetivo de inserir a causa na agenda e orçamento público; Comunicação – desenvolvimento e disseminação de conteúdo relacionado e desenvolvimento de campanhas para alertar e conscientizar a sociedade sobre a causa e Mobilização – cursos à distância, oficinas presenciais e sistematização de conteúdos para potenciais multiplicadores, como profissionais de educação, saúde, trânsito e outros ligados à infância, promovendo a adoção de comportamentos seguros.

 

 

› FONTE: Comunicação Criança Segura

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