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Epagri é premiada por sistema inédito de cultivo de macroalgas

Publicado em 10/08/2016 Editoria: Meio Ambiente Comente!


Fotos: Epagri

Fotos: Epagri

O Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri (Epagri/Cedap) acaba de ser premiado no Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática, (Aquaciência), realizado em Belo Horizonte entre os dias 1 e 5 de agosto. Os pesquisadores da Epagri foram premiados por terem desenvolvido um novo sistema de cultivo da alga vermelha Kappaphycus alvarezii. A nova técnica é inédita no mundo e diminui custos de produção.

Essa alga vermelha tem grande importância comercial por ser a principal matéria-prima para extração de carragenana, aditivo empregado como espessante e estabilizante na indústria alimentícia, de cosméticos e farmacêutica. Só em 2014 o Brasil desembolsou US$ 21 milhões para importação do produto.

A Epagri desenvolveu, em parceria com a UFSC, projeto que avaliou a viabilidade técnica, ambiental e econômica do cultivo da macroalga com a intenção de tornar o Brasil um país produtor dessa matéria-prima. O objetivo é abastecer o mercado interno e, posteriormente, entrar no mercado externo.

A pesquisa, financiada pelo CNPq e encerrada em dezembro, concluiu que o cultivo da macroalga é viável no Litoral catarinense. Mas também percebeu que o cultivo tradicional, feito no sistema de balsas (com cordas e canos de PVC) demandava muito manejo, pois os tubos plásticos quebravam frequentemente. Assim, os pesquisadores da Epagri pensaram numa forma alternativa para cultivar a Kappaphycus alvarezii, desenvolvendo flutuadores longitudinais, de 9m de comprimento e 90 litros de volume, para conferir maior estabilidade às balsas de cultivo, manter a distância entre os dois cabos de sustentação e diminuir os custos de produção com a redução da mão de obra despendida no conserto das estruturas. Foi essa a proposta premiada durante o Aquaciência, um dos principais eventos técnicos-científico da área no Brasil.

Existe bom potencial para produzir a espécie no Litoral catarinense. “A alga cresceu muito bem. Obtivemos três ciclos de cultivos anuais e poderemos atingir até cinco ciclos. A ideia é integrar o cultivo de algas ao cultivo de moluscos, aumentando o lucro das fazendas marinhas”, revela Alex Alves dos Santos, pesquisador da Epagri/Cedap.

Alguns estados brasileiros já têm autorização de cultivo da Kappaphycus alvarezii, que é considerada introduzida no país, não mais uma exótica. Porém a Epagri/Cedap ainda está em busca dessa autorização e espera em setembro instalar cultivos experimentais na praia do Sambaqui, em Florianópolis. Após essa fase experimental e a obtenção das autorizações para os cultivos comerciais, terá início o trabalho de extensão, que vai repassar a tecnologia para o setor produtivo, concretizando assim mais uma alternativa de renda desenvolvida pela Epagri em benefício dos maricultores catarinenses.

› FONTE: Assessoria de imprensa/Epagri

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