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Denúncia por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro contra ex presidente Lula faz congresso ficar movimentado

Publicado em 10/03/2016 Editoria: Política Comente!


foto divulgação internet

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Para a oposição, denúncia abala o governo da presidente Dilma, que já está sob outra a ameaça: a da abertura de um processo de impeachment

O presidente Lula estava em Brasília nesta quarta-feira (9) quando saiu à denúncia do Ministério Público de São Paulo. A repercussão foi imediata no Congresso.

E no meio dessa crise política, mais uma complicação: o PMDB um dos principais partidos aliados do governo, deu sinais contraditórios.

São contraditórios porque ainda não existe um consenso. Nesta quarta-feira (9), por exemplo, o PMDB amanheceu com o PT e terminou o dia com os tucanos. E um peso a mais nesse ambiente político confuso foi, exatamente, a denúncia oferecida contra o ex-presidente Lula, que passou o dia em Brasília em negociações políticas.

Deputados e senadores já estavam deixando o Congresso quando souberam da denúncia feita pelo Ministério Público contra o ex-presidente Lula. Aliados dizem que Lula está sendo perseguido pelo promotor Cassio Conserino.

“Eu não tenho nenhuma dúvida que nós estamos diante de um processo político institucional no país de tentativa de criminalização do ex-presidente Lula e também não tenho dúvida de que esta tentativa não será bem-sucedida”, afirma o vice-líder do PT, deputado Henrique Fontana.

Para a oposição, a denúncia abala ainda mais o governo da presidente Dilma, que já está sob a ameaça da abertura de um processo de impeachment no Congresso.

“Eu não tenho dúvida que enfraquece ainda muito mais o governo, já que a Dilma foi se socorrer do Lula para tentar fazer negociações em Brasília. Negociações políticas, e agora vem essa denúncia contra ele que o enfraquece mais ainda”, diz o deputado Pauderney Avelino, líder do DEM. 

O ex-presidente passou o dia em Brasília em reuniões buscando apoio para tentar tirar o governo da crise. Mas o clima não melhorou não. Na comissão mista de Orçamento, teve confusão e troca de acusações. Deputados governistas tentaram agilizar a votação do parecer que aprovava, com ressalvas, as contas da presidente Dilma relativas a 2014. Mas a oposição não aceitou e aí começou o bate-boca, que quase terminou em agressão física.

A sessão foi encerrada. No plenário, mais confronto. A oposição, que prometeu obstruir as votações, ameaçou fazer uma exceção só para votar um projeto que não era favorável ao governo.

No meio de toda essa confusão, o PMDB fez dois movimentos diferentes nesta quarta-feira (9). Primeiro, senadores do partido tomaram café com o ex-presidente Lula, conversaram sobre a Operação Lava Jato, crise e o processo de impeachment da presidente Dilma. Depois, esses mesmos senadores foram para um jantar com a cúpula do PSDB.

O senador Eunício Oliveira disse que o encontro sinaliza uma reaproximação do PMDB com o PSDB, mas não é uma traição ao governo Dilma.

"Cenários de angústia da população estão postos, ninguém pode esconder a realidade, ninguém pode jogar isso embaixo do tapete. Agora, o que nós estamos buscando aqui não é derrubar o governo. É criar soluções para os problemas que afligem os brasileiros”, afirma o senador Eunício Oliveira, líder do PMDB-CE.

Já o senador tucano Tasso Jereissati disse que o objetivo é unir forças para buscar alternativas para a crise e que todos os cenários políticos foram discutidos.

“O que nós deixamos definido é que tanto o PMDB quanto o PSDB vão trabalhar juntos e temos como objetivo concreto de em curto prazo aglutinar mais forças e levar ao país uma proposta de solução”, disse.

Uma das principais queixas dos aliados é a paralisia do governo. Sábado (12), tem Convenção Nacional do PMDB, quando os sinais podem ficar mais claros, mostrando para que lado vai o partido. Para não dizer que só teve confusão no Congresso, o plenário do Senado aprovou a medida provisória da reforma administrativa. A medida extinguiu oito ministérios ou secretarias com status de ministério. Com isso, foi reduzido o número de pastas de 39 para 31.

› FONTE: Floripa News e Bom Dia Brasil

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